Recém-chegado na Câmara, o vereador Fabrício Rosa (PT) está usando a mesma tribuna que os vereadores da base do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) usam na Câmara de Goiânia, à direita da Mesa Diretora.
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A intitulada “tribuna da oposição”, à esquerda da mesa diretiva, foi deixada para trás pelo petista que deixou o espaço que é adaptado para parlamentares e pessoas com deficiência (PcDs).
O petista chegou a fazer seu discurso de posse no espaço, mas deixou a tribuna e já é visto discursando à direita.
Conforme o petista, ele vai usar a tribuna que for melhor.
“Quando levo um documento, ou algo para apoiar na leitura, fica impossível fazer a leitura por causa da distância. Porque é muito baixo e o microfone fica também mais baixo”, afirmou.
Hoje, o espaço tem sido usado por 3 vereadores:
- Aava Santiago (PSDB);
- Kátia Maria (PT);
- Willian Veloso (PL).
O único vereador PCD é Veloso, que atua de forma independente no Poder Legislativo.
À Folha Z, Veloso disse não ligar para essas convenções criadas pela oposição.
“Me considero independente, pois se eventuais bons projetos para a população forem apresentados pelo prefeito, não tenho nenhuma objeção em votar a favor”, afirmou.
Diferença entre tribuna da oposição e da situação
Nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional, há uma distinção entre os deputados da situação e da oposição.
Os parlamentares governistas (que apoiam o Governo estadual ou Federal) usam a tribuna de discurso à direita da Mesa Diretora.
Os opositores usam a tribuna à esquerda.
Exemplo:
- Deputados do PT, como o goiano Rubens Otoni, usavam o espaço à esquerda entre 2019 e 2022, quando a gestão era do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, após 2023, têm usado a tribuna à direita;
- Deputados do PL, como Professor Alcides, que foi eleito em 2018 e reeleito em 2022 usam o espaço à esquerda, durante a gestão do presidente Lula (PT) e usavam o espaço à direita entre 2019 e 2022.
É justamente dessa distinção que os hoje ex-vereadores Santana Gomes (PRTB) e Mauro Rubem (PT), que foram deputados estaduais, “ativaram o espaço” e intitularam o espaço como “tribuna da oposição”.
Procurada pela Folha Z, a direção da Câmara de Goiânia esclareceu que a tribuna à esquerda é prioritária para PCDs e que não há essa distinção por alinhamento político.
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