Na contramão da força que demonstra a nível nacional, o Republicanos em Goiás passou por uma saga de enfraquecimento que reduziu sua presença em Goiânia e provocou o desaparecimento na Câmara Municipal de Aparecida.
Atenção: Ao copiar material produzido pela Folha Z, favor citar os créditos ao site. Bom jornalismo dá trabalho!
Enquanto em Brasília o partido está prestes a conquistar pela primeira vez a presidência da Câmara dos Deputados, com a nomeação do deputado federal Hugo Motta (PB) para a eleição da Mesa Diretora no próximo sábado (1º), a situação no estado goiano é bem diferente.
Todavia, em Goiás, desde quando o partido se arriscou na eleição para o Senado com o ex-presidente e vice-prefeito de Aparecida, João Campos (hoje no Podemos), teve início uma forte debandada de filiados.
Efeito João Campos
Com o impacto da candidatura de João Campos, os republicanos viram parte da agremiação caminhar com a chapa do governador Ronaldo Caiado e parte com o ex-prefeito Gustavo Mendanha.
Uma segunda onda de debandada veio logo em seguida, com a saída do grupo do ex-prefeito de Goiânia Rogério Cruz para o Solidariedade.
Estes são apenas 2 exemplos do encolhimento do partido.
A saída do grupo de João Campos também ocasionou numa disputa interna para tomar o comando da legenda.
A sigla passou pela direção do ex-prefeito de Águas Lindas de Goiás, Hildo do Candango, e foi para as mãos do ex-prefeito de Anápolis, Roberto Naves, numa saga que não pode ser definida como tranquila.
Aparecida sem bancada
Em Aparecida de Goiânia, o partido desapareceu da Câmara Municipal.
Em 2020, o Republicanos contou com uma chapa competitiva e fez a cadeira do ex-vereador Marcos Miranda.
A legenda tinha o ex-secretário de Mobilidade e Trânsito Avelino Marinho, que concorreu em 2024 pelo União Brasil e ficou na 1ª suplência do partido.
Com isso, a chapa que tinha feito quase 10 mil votos em 2020 e fez uma cadeira viu seus votos caírem para apenas 6.271.
Importante destacar que se Avelino estivesse no Republicanos, possivelmente ele seria eleito, já que teve mais de 2.703 votos.
O número é superior ao tirado por Marco Miranda, que teve 2.656.
Bancada também reduziu em Goiânia
Sob a gestão da atual secretária de Governo de Goiânia, Sabrina Garcez, o partido também viu sua bancada diminuir de tamanho.
Antes com 3 vereadores eleitos, a bancada era a 2ª maior da Casa.
A sigla caiu para 2 e quem perdeu a cadeira foi, justamente, a presidente municipal que não tem falado a mesma língua da direção estadual.
Ela, contudo, tem proximidade com o prefeito Sandro Mabel que já esteve na direção do Republicanos em Aparecida e o trabalho dos 2 pode auxiliar uma retomada.
A proximidade, inclusive, garantiu nomeação na gestão municipal.
Mabel, mesmo sem filiação ao partido, manteve durante todo o período de eleições municipais influência direta sobre o Republicanos.
Ainda que a presidência esteja na mão de Roberto Naves, nenhuma decisão importante foi tomada sem a intervenção ou autorização do atual prefeito de Goiânia.
Discussão sobre isso post