O Governo de Goiás arrecadou R$ 227,3 milhões com o leilão de ações da Companhia Celg Participações (CelgPar), realizado na 6ª feira (03/10), na sede da B3, em São Paulo.
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O valor superou em 16,8% o preço mínimo previsto, que era de R$ 194,6 milhões.
Os lotes foram arrematados pelas empresas Órion Transmissão, EDP Goiás, Neoenergia Renováveis e Hy Brazil Energia.
A CelgPar, sociedade de economia mista com capital autorizado, tinha o Estado de Goiás como acionista majoritário e operava duas pequenas centrais hidrelétricas e quatro usinas fotovoltaicas.
Porquê da venda da CelgPar
Segundo o Governo de Goiás, a venda da CelgPar foi necessária porque a empresa perdeu sua função original após a privatização da antiga Celg D, repassada à Enel em 2017.
Criada para administrar participações do Estado no setor elétrico, a companhia passou a deter apenas pequenos ativos e participações minoritárias, deixando de ter relevância estratégica.
Ainda conforme o governo, a alienação segue a política de foco em áreas essenciais, como saúde, educação e segurança pública, e busca reduzir custos de manutenção, evitar novos aportes e destinar recursos para investimentos de maior impacto social.
Previdência do Estado
O governador Ronaldo Caiado anunciou que todo o valor arrecadado será destinado ao Fundo de Previdência do Estado.
“O nosso objetivo é cada vez mais dar um teto maior para que os nossos aposentados tenham menor desconto. Com estas ações, a gente melhora a vida das pessoas”, afirmou Caiado.
Detalhes dos lotes
1º lote:
A Neoenergia arrematou 25% das ações ordinárias e 50% das ações preferenciais da Energética Corumbá III, totalizando 37,5% do capital social da companhia.
2º lote:
A EDP Goiás venceu o lance de R$ 83,6 milhões por 100% das ações da Firminópolis Transmissão e 100% das ações da Lago Azul Transmissão.
3º lote:
A Órion Transmissão adquiriu 49% das ações da Pantanal Transmissão, com uma oferta de R$ 43,1 milhões.
4º lote:
A Hy Brazil Energia arrematou 20% das ações da Energética Fazenda Velha, com um lance de R$ 8,7 milhões.
Processo transparente
O diretor-presidente interino da CelgPar, Adriano da Rocha Lima, afirmou que o processo de venda foi conduzido com transparência e critérios técnicos.
“Fizemos todo o processo com transparência, lisura e capacidade técnica”, afirmou.
Segundo ele, o resultado confirma o interesse do mercado nos ativos da CelgPar, reforçando a confiança dos investidores na gestão pública estadual.
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