Rodrigo Augusto
Durante sessão realizada nesta 5ª feira (9), vereadores de Aparecida de Goiânia voltaram a relatar a existência pressões externas que, segundo eles, têm afetado a independência da Câmara.
As reclamações começaram na sessão da 4ª feira (8), quando parlamentares anunciaram a saída de comissões temáticas da Casa alegando “interferência externa” na condução dos trabalhos legislativos.
O vereador Roberto Chaveiro (PP) foi um dos que se manifestaram sobre o episódio.
Críticas a Procurador
Ele criticou a postura de um procurador da Prefeitura durante reunião recente e cobrou mais respeito nas tratativas entre os poderes.
“Agora, vem um despreparado de um procurador nesta Casa falar que Aparecida não é a Suíça. Ele tem que nos respeitar, somos vereadores eleitos pelo povo”, afirmou.
Roberto Chaveiro também pediu que os representantes do Executivo adotem postura mais conciliadora ao dialogar com o Legislativo:
“Quando vir alguém nesta Casa sentar na mesa de conversações para chegar a um denominador comum, que venha desarmado e com o salto mais baixo.”
“O Delano [procurador], aquele dia, veio com o salto muito alto, achando que era a última Coca-Cola do deserto, e não é.”
Pressões externas
Já o vereador Gleison Flávio (PL) afirmou que não há interferência do presidente do Legislativo Gilsão Meu Povo (MDB), mas reconheceu pressões externas, especialmente por parte de secretários e procuradores da Prefeitura de Aparecida de Goiânia.
“Pressão tem sim, só que pra mim não funciona”, declarou.
“Secretariado nenhum vem aqui pra tomar café com você, pra falar que você é lindo e maravilhoso. Vem para tentar pressionar”, completou.
Durante a sessão, Gleison Flávio também citou episódio envolvendo um procurador da Prefeitura, que, segundo ele, teria desdenhado da atuação parlamentar em um projeto de lei voltado a pacientes com câncer.
Independência dos mandatos
O vereador Felipe Cortez (PL) também se manifestou sobre o tema e reforçou que os vereadores enfrentam dificuldades para exercer seus mandatos com independência.
“Fomos eleitos arduamente, mas não estamos podendo exercer nossos mandatos de forma independente”, afirmou, em resposta a um desabafo anterior do vereador Rosinaldo Boy (SD) sobre perseguição política.
Gilsão Meu Povo
Apesar das críticas ao Executivo, o presidente da Câmara, Gilsão Meu Povo, tentou amenizar a situação.
Ele afirmou que entende o posicionamento dos colegas e negou qualquer tipo de pressão ou interferência do prefeito Leandro Vilela nas atividades da Casa.
“Jamais vi o prefeito ligar ou pressionar qualquer vereador por projeto”, disse Gilsão, acrescentando: “Falar que o prefeito liga nessa Casa e manipula, eu desminto qualquer um.”
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