No momento em que soube da decisão do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acolher a ação de impeachment contra ela, Dilma Rousseff não se surpreendeu. “Eu não vou aceitar ser chantageada”, frisou.
Quando foi avisada do processo, a presidente se reuniu no Palácio do Planalto com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), entre outros.
Ficou decidido que ela precisaria fazer um “contraponto forte” ao presidente da Câmara, na linha da ética, mostrando que o deputado usa o cargo para se proteger e ameaçar o governo. Cardozo foi um dos que ajudaram Dilma a redigir o pronunciamento, planejado sob medida para que ela não deixasse dúvidas de que é vítima de uma vingança.
“Vamos trabalhar e conquistar politicamente a derrota do impeachment”, reagiu Dilma. Um dos presentes contou que, por mais estranho que possa parecer, a sensação dela, naquele momento, parecia ser de alívio.
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