O deputado federal goiano Jovair Arantes (PTB) está de olho em uma das posições mais poderosas da política brasileira. Com a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados, a vaga está aberta para um mandato tampão, mas Arantes mira o início de 2017.
Aliado antigo de Cunha e valorizado pela sua ação à frente da relatoria do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), Jovair afirmou a colegas que só disputará o cargo no que vem, quando será definida a mesa diretora para os últimos dois anos de mandato.
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A estratégia é trazer Rogério Rosso (PSD-DF) para jogada e conquistar o apoio do “centrão”, que tem partidos como PR, PSD, PRB e SD, além do PTB. Rosso presidiu a Comissão Especial do Impeachment na Câmara e chegou a ser apontado como adversário do goiano na disputa pela presidência.
O presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) havia convocado eleição para a próxima quinta-feira (14), mas, em reunião, líderes adiantaram a votação para a terça (12).
PT
Para o Partido dos Trabalhadores, a renúncia de Cunha foi arquitetada como parte de um acordo entre partidos da oposição.
Parlamentares do PT e dirigentes do partido chamaram de “acordão” a renúncia de Eduardo da Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. A avaliação foi feita ontem na página oficial do PT. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) citou até o presidente interino Michel Temer como parte do acordo:
“Renúncia de Cunha tem cheiro de pizza e o cozinheiro responsável é Michel Temer. A cena do crime está montada: Cunha renuncia à presidência da Câmara, mas mantém o mandato. Com isso, passa a articular a candidatura do seu sucessor, que terá a missão de evitar a cassação do chefe. Tudo com a conivência de PSDB e DEM e a regência do interino Michel Temer”, afirmou Lindbergh.
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