O caso envolvendo a jovem estudante de Jornalismo Patrícia Lélis, 22 anos, que teria sido alvo de violência e assédio sexual por parte do pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) ganhou mais um capítulo.
A revista Veja divulgou com exclusividade um vídeo em que a estudante explica denúncia que envolve o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC), por assédio sexual. A estudante que é filiada ao mesmo partido do pastor acusa o mesmo de uma proposta de relacionamento. Ela teria recusado e, posteriormente, recebido ameaças de assassinato contra ela e seus familiares.
R$ 15 mil por mês para ser amante
Segundo a estudante, Feliciano teria prometido cargo no PSC com salário de R$ 15 mil se ela topasse ser sua amante. “Eu neguei e ele ficou bravo. Tentou tirar minha roupa à força, me deu um soco na boca e um chute na perna. Ele tentou tirar a minha roupa e eu comecei a gritar muito”, disse a estudante de jornalismo.
No depoimento à polícia, Patrícia cita, também, o envolvimento do Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC, que supostamente teria oferecido dinheiro e disse: “se você levar essa história para frente a gente vai te matar”. A jovem prestou depoimento na tarde desta sexta-feira, 6, no 3º DP da capital paulista, no Bairro Santa Efigênia.
Abaixo, vídeo gravado durante depoimento na delegacia:
O caso veio à tona depois da denúncia ter sido publicada no final de julho pela coluna Esplanada, assinada pelo jornalista Leandro Mazzini. Confira: Jovem relata tentativa de estupro cometida por Feliciano.
Dia depois, a jovem publicou nas redes sociais dois vídeos desmentindo a acusação e inocentando Feliciano. Em um dos trechos do vídeo ela diz: “O pastor Marco Feliciano é uma pessoa íntegra com a qual eu tenho um contato muito bom, sempre muito respeitoso, muito amigável. Então na propaguem mentiras”, disse a garota, que é filiada ao mesmo partido do pastor e, como ele, também é evangélica, em um dos trechos do vídeo.
Vítima afirma que foi forçada a gravar os vídeos, assista:
Para a Polícia Civil ela contou que foi novamente ameaçada de morte e forçada a gravar as imagens pelo chefe de gabinete de Feliciano, Talma de Oliveira Bauer. Na tarde desta sexta-feira, 5, a polícia deteve Bauer e vai pedir a prisão temporária do assessor sob a acusação de ameaça, constrangimento e sequestro.
Talma Bauer negou todas as acusações e garantiu em seu depoimento que o pastor Marco Feliciano é um homem correto e religioso. O Folha Z tentou contato com deputado. Ele não foi encontrado para comentar as denúncias.
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