O pronunciamento do Tiago Henrique Gomes da Rocha, o “serial killer de Goiânia” – durante o julgamento que enfrentou nesta sexta-feira, 12, pela morte de Lilian Sissi Mesquita e Silva – causou revolta entre os familiares da vítima. O crime ocorreu em fevereiro de 2014.
“Quero dizer apenas duas coisas: Aprendi que devo amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo a como a mim mesmo. Eu não quero mais machucar ninguém. Quero apenas amar e servir ao Senhor nosso Deus e me submeto à Justiça.”, disse Tiago.
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Destruição
Inconformado com esse discurso, um dos desabafos mais emocionados foi do padrasto de Lilian, Erinaldo de Sousa, que se aproximou do serial killer e apontou para a foto da enteada, estampada na camiseta que vestia. “Essa aqui é a pessoa que você matou! Você acabou com uma família e agora vem querer se fazer de bonzinho”, protestou, sob aprovação dos demais familiares.
O momento de tensão só finalizou quando o juiz Eduardo Pio Mascarenhas interrompeu o protesto para restabelecer a ordem durante o julgamento. “Eu entendo que é um momento muito difícil para a família, mas não posso permitir qualquer manifestação deste tipo. Peço que fiquem em silêncio ou, se não for possível, que se retirem”, afirmou.
Revolta
A mãe da vítima, Rosana Mesquita, disse que está muito revoltada e fez um discurso emocionado. “Uma pessoa que assassinou várias outras pessoas vem aqui e fala em Deus? Não me convence. Para mim ele é um monstro. Sinto muita revolta porque são mais de dois anos de sofrimento. Minha filha estava indo buscar os filhos na escola e, naquele dia, eles ficaram até 19 horas da noite a esperando, mas ela já estava morta. Talvez a justiça do homem seja falha, mas eu acredito na justiça de Deus.”
Caso
No dia do assassinato, Lilian caminhava sozinha em direção à escola dos seus filhos, para buscá-los. Ao vê-la, segundo a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Tiago se aproximou da vítima, e a abordou. Em seguida, apontou o revólver para ela, e sem dar condições para que tivesse reação, atirou no peito dela. Em seguida, o vigilante fugiu na motocicleta.
Pena
O ex-vigilante já foi a condenado a 265 anos e 10 meses de prisão por 11 homicídios, dois assaltos a mesma agência lotérica e posse ilegal de arma de fogo. Ele vai a júri popular em outros 22 processos. Contra o rapaz, ainda tramita ação por furto de arma de fogo, na 3ª Vara Criminal de Goiânia.
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