Três anos após ser aprovado pela pela Food and Drug Administration (FDA), agência estadunidense que regula a comercialização de remédios dentro do país, o viagra feminino continua gerando curiosidade ao redor do mundo.
Os consumidores não sabem ao certo como ele funciona e mostram desconfiança.
Versões anteriores da pílula já haviam sido submetidas à aprovação da FDA, mas foram rejeitadas por falta de eficácia e por efeitos colaterais como náusea, tonturas e desmaios.
Porém, uma nova versão é considerada segura desde que respeitadas as recomendações de uso.
Diferentemente da versão masculina, que aumenta o fluxo sanguíneo na região genital, a droga, conhecida como Flibanserin e comercializada sob o nome de Addyi, atua diretamente sobre o sistema nervoso central das mulheres.
Inicialmente, a nova droga só deve ser ministrada no tratamento de transtornos de desejo sexual hipoativo (HSDD, na sigla em inglês, que indica falta de apetite sexual), sob prescrição médica.
Mas especialistas acreditam que o desenvolvimento desse medicamento abre a porta para a pesquisa de outros produtos.
“Isso abre a discussão entre a mulher e o clínico sobre o desejo sexual dela e dá um sinal às farmacêuticas de que elas devem continuar desenvolvendo mais drogas como essa no futuro”, comentou a doutora Leah Millhiser, ginecologista da Universidade de Stanford.
Cuidados com o viagra feminino
Os alertas são os mesmos que recebemos quanto a vários remédios: a pílula pode causar danos à saúde, especialmente para quem tem problemas no fígado, ou toma outros medicamentos, tais como alguns tipos de esteroides.
Além disso, a combinação com álcool pode ser explosiva, explica Leonore Tiefer, professora da Escola de Medicina da Universidade de Nova York.
“O álcool é o mais sério de todos (os riscos), porque essa é uma droga que afeta o sistema nervoso central.”
Segundo especialistas, as atenções agora se voltam para a elaboração de um anticoncepcional masculino, para igualar homens e mulheres nos cuidados sexuais.
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