“New Girl” chegou muito despretensiosa, apoiando-se apenas na força de um nome (Zooey Deschanel). A proposta de um grupo de amigos “jovens” dividindo apartamento em Los Angeles era muito pouco expressiva e a primeira temporada realmente não surpreendeu ninguém. Mas o estilo um tanto irreverente da série (não há trilha de risadas que indique ao espectador mais incauto o momento certo de achar graça) deixou espaço para o crescimento.
Foi só na segunda temporada que “New Girl” atingiu o ápice da qualidade de roteiro. Talvez tenha sido apenas a clássica regra das “sitcoms”, em que as manias das personagens precisam ser assimiladas por quem assiste antes que as piadas fluam. Mas acredito que, aqui, foi mais uma questão de ajuste dos atores aos seus papéis.
Mas o destaque da segunda temporada e de toda a série é de Max Greenfield (“Veronica Mars”, “Ugly Betty”). Schmidt é disparadamente a melhor figura do seriado: são dele as melhores piadas e o “nonsense” mais convincente. Os retardos de Jess já são insuportáveis e as loucuras de Nick e Winston chegam perto disso em muitos momentos. Mas Schmidt convence e não é à toa que Max já recebeu premiações de Emmy, Critics’ Choice Television e Globo de Ouro pelo papel.
O terceiro ano de “New Girl” não conseguiu manter o crescente apresentado na temporada anterior. Mas, ainda assim, não houve quedas bruscas no nível dos episódios. Fomos apresentados a Coach, um novo-velho-personagem, vimos romances frustrados e, principalmente, tivemos um casal para “shippar”.
Quem ainda vive órfão de boas comédias e não consegue “segurar a barra que é gostar de Louie CK ou Community”, “New Girl” é a melhor “sitcom” da atualidade.
Marco Faleiro é estudante de jornalismo e já tem mais de duas mil horas de seriados assistidos – [email protected]
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