Menos, menos
O depoimento do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) na CPI da Petrobras teria alcançado todos os objetivos estipulados se não fosse a exagerada rasgação de seda dos seus colegas. Alguns experientes líderes partidários até conseguiram defender Cunha e a Casa sem carregar nos adjetivos, mas outros parlamentares não conseguiram se conter. Expressões como “sou seu fã”, o “senhor é honesto e serve de exemplo para o país” e o “presidente é nosso professor” deixaram Eduardo Cunha visivelmente constrangido.
Não é do ramo
Na última terça-feira, um influente assessor do Palácio do Planalto participava de animada roda no cafezinho do Senado quando lhe foi feita uma pergunta indiscreta. Se a presidente Dilma não gosta de fazer política, parece engolir seco os conselhos de Lula e apenas tolera a convivência com Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Aloizio Mercadante e Joaquim Levy, qual o motivo para ter se candidatado à reeleição? Diante do silêncio geral, um senador oposicionista respondeu: “Ela é uma aberração”. A gargalhada foi geral.
Perdidos na escuridão
A rescisão do contrato de R$ 18 milhões entre Prefeitura de Goiânia e Luz Urbana Engenharia, graças ao vereador Elias Vaz e ao promotor Fernando Krebs, voltou a expor a ausência de convicção nas atitudes do poder público municipal. Orientados ou não, sabe-se lá, auxiliares do prefeito Paulo Garcia (PT) perderam horas e horas defendendo algo em que eles mesmos não acreditavam. Tudo isso para que, dias depois, o rompimento fosse anunciado.
J de jeitoso
Assessores palacianos se dividem quando o assunto é o auxiliar que mais tem força junto ao governador Marconi Perillo (PSDB). Até uma lista chegou a ser elaborada com a necessária justificativa e enviada ao quadro “Manda Outra” da coluna. Então vamos a ela: quem faz a cabeça de Marconi?
( ) O “inderrubável” João Furtado (Detran);
( ) O “obreiro” Jayme Rincón (Agetop);
( ) O “onipresente” João Bosco Bittencourt (assessor especial);
( ) O “multiuso” José Eliton (vice governador e supersecretário);
( ) Outro auxiliar que não comece com a letra J.
Altos e baixos
A anunciada saída de Orlando Loureiro da direção de jornalismo da TV Anhanguera encerra um período de grande turbulência e de resultado prático relativo na disputa pela audiência com TV Serra Dourada e TV Record. A cobertura política foi mais incisiva e trouxe maior credibilidade à emissora, como nos casos da Operação Monte Carlo e nas duras cobranças junto à Prefeitura de Goiânia, Câmara Municipal, Assembleia Legislativa e Detran.
Instável
Pesou contra Orlando Loureiro a grande rotatividade dos repórteres e a demora na consolidação de uma “cara” para o jornalismo. Essa história de assumir novo desafio em outro estado é “conversa pra boi dormir”, afinal não se mexe em time que está ganhando, como propaga a própria TV Anhanguera. O chefão do jornalismo fez suas apostas, acertou e errou na mesma proporção, mas não conseguiu o equilíbrio necessário para continuar no cargo.
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