Cegos e surdos
Lula “não sabia de nada” sobre o mensalão.
Dilma “não sabia de nada” sobre o petrolão.
Blatter “não sabia de nada” sobre a corrupção.
Del Nero “não sabia de nada” sobre o propinão.
Constatação: a sociedade não aceita muito bem a sinceridade. Talvez o sarcasmo e a ironia sejam mais aceitáveis!
Por dentro de tudo
J. Hawilla e Kleber Leite são nomes tratados com extrema atenção e cuidado pelos profissionais da Rede Globo que acompanham o desenrolar das denúncias na CBF. Foram fundamentais no passado para a manutenção do monopólio da emissora no futebol e agora podem representar extrema dor de cabeça caso resolvam abrir a caixa-preta das negociações.
Devagar e sempre
O senador Romário Faria (PSB-RJ) anda rindo de orelha a orelha com a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar extensa lista de supostas irregularidades na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). É bom o ex-atacante da seleção brasileira diminuir o entusiasmo porque ele já esteve do lado de lá do balcão. Romário ganha a vida hoje falando mal da CBF, mas já foi seu garoto-propaganda e, à época, lucrou muito com contratos e mordomias.
Choro público
Governante, em geral, tem como princípio básico a ojeriza à crítica, mesmo sendo ela relevante, pertinente e fundamentada. E as solenidades oficiais representam aquele momento em os desabafos fluem com mais naturalidade. Tanto o governador Marconi Perillo como o prefeito de Goiânia Paulo Garcia têm usado deste expediente para manifestar descontentamento com críticas na imprensa e falta de aliados para respondê-las.
Válvulas de escape
Marconi e Paulo se agarraram ao anúncio e conclusão de obras (BRT, Centro de Excelência, Macambira Anicuns, Hugo 2) para escaparem da pauta negativa provocada por greves de servidores, cortes no orçamento, reformas administrativas intermináveis e inchaço das folhas de pagamento. Além dos sucessivos reajustes nas tarifas de água e energia, o Detran continua não dando trégua ao governador. E quanto ao prefeito, a pedra no sapato permanece sendo a manutenção irregular de parques, coleta e varrição do lixo, iluminação pública e recolhimento de entulhos.
Menos, menos
Pesquisas internas da Rede Globo realizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo apontaram que houve exagero de temas polêmicos nos primeiros capítulos de “Babilônia”, entre eles o excesso de personagens homossexuais. Houve uma ampla reformulação e a novela se distanciou da proposta original de chocar o telespectador. A Globo, entretanto, parece estar propensa a repetir o erro ao badalar, desde já, novo casal gay na novela das 23 horas, “Vidas Secretas”: Reinaldo Gianecchini e Ney Latorraca.
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