A Operação Compadrio, motivo de preocução para Rincón, Musse e Tiãozinho, não recebe nem 10% da cobertura e visibilidade atingidas, à época, pela Operação Monte Carlo de Demóstenes, Cachoeira e políticos goianos. Além do peso dos protagonistas ser infinitamente menor, provocando desinteresse da imprensa nacional, o quarto mandato do governador Marconi provocou a falsa sensação de que nada mais o atinge.
Ledo engano. É gritante o constrangimento no Palácio das Esmeraldas com as revelações do Ministério Público apenas nas duas primeiras fases da operação.
Pensando bem, é como tentar justificar o injustificável. Não há estrutura de comunicação que consiga explicar a nomeação de 19 pessoas em cargos públicos pelo grupo comandado pelo ex-deputado Tiãozinho Costa, a maioria fantasmas. Alguns destes cargos, aliás, ligados diretamente à Governadoria. Eis o motivo que levou o jornal “O Popular” a esperar em vão, por três longos dias, uma resposta oficial de Marconi Perillo. E quando secretários, como Vilmar Rocha (Cidades), chegam a admitir que “não se lembram” de ter nomeado determinada pessoa, o buraco fica ainda maior.
A Operação Compadrio tem revelado ainda a total falta de controle dos órgãos de fiscalização diante da ocupação simultânea de cargos no Governo, Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa. São tantas aberrações administrativas e políticas reunidas numa só investigação que o famoso termo “Casa da Mãe Joana”, utilizado para definir bagunça generalizada, ganhou nova adaptação nas rodas de conversa política: “Casa do Pai Tiãozinho”.
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