O destino cruel de Rincón
O dinamismo político costuma transformar candidatos imbatíveis em cinzas. O exemplo mais recente atende pelo nome de Jayme Rincón, atual presidente da Agetop. No mesmo dia em que o PSDB oficializou o deputado federal Giuseppe Vecci como candidato do partido à Prefeitura de Goiânia, Rincón vistoriava uma enorme cratera na GO-070, entre Itaberaí e Itauçu, provocada pelo rompimento de uma represa. O tamanho do buraco refletiu a derrocada de uma postulação que se apresentava como inquestionável pela proximidade com o governador Marconi Perillo e o apoio do empresariado.
Jayme Rincón tinha a faca e o queijo nas mãos, fez até cirurgia plástica, mas esqueceu do básico na vida pública: humildade e articulação junto às bases. Vecci não é nenhum primor como político, pelo contrário, mas cresceu aproveitando os sucessivos erros de Rincón, antes porta-voz do governo e hoje um mero administrador dos buracos de pequena, média e grande dimensão nas rodovias estaduais.
Aperfeiçoando Nion
A propósito: não passou em branco o discurso do agora candidato tucano Guiseppe Vecci de que Goiânia “necessita de Q-Boa pra ser desencardida”. O deputado federal apenas repetiu o que o ex-prefeito Nion Albernaz tem dito há muito tempo. Com Iris Rezende a crítica caiu no ridículo, mas a rejeição de Paulo Garcia tem transformado as palavras ao vento de Nion em sintonia com o sentimento popular.
Nitroglicerina
O poder continua cegando os governantes. Não há outra justificativa para interpretar a teimosia do Palácio das Esmeraldas em implantar o modelo das Organizações Sociais nas escolas a qualquer custo. Tudo aquilo que começa mal, termina mal. Integrantes do corpo diretivo das OSs deixam qualquer criança corada de vergonha.
O sobrevivente
Delcídio do Amaral fora da prisão e Dilma Rousseff nas cordas com o inferno astral do marqueteiro João Santana. Trata-se do cenário perfeito para a sobrevida de Eduardo Cunha, abalado após derrota na eleição da liderança do PMDB na Câmara dos Deputados. Incrível o quanto o universo tem conspirado a favor do presidente. A fragilidade do governo é o combustível que move Eduardo Cunha.
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Já vai tarde
A repercussão foi grande. Até pelo tempo de duração – 28 anos. O programa de entrevistas de Jô Soares é bananeira que já deu cacho. Não por acaso a Rede Globo anunciou seu término no final do ano. Um alerta para outras atrações que têm dificuldade para se reinventarem como o Domingão do Faustão.
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