Moro de bajulações
Tenho tremenda repulsa a quem idolatra e a quem se deixa idolatrar de maneira consciente. Quanto maior o pedestal, maior será o tombo. O juiz Sérgio Moro, a grande referência ética das manifestações populares anti-PT em todo o país, merece aplausos pelo incansável e minucioso trabalho realizado até agora na Operação Lava Jato. Sua atuação tem feito a diferença na busca da moralização no trato da coisa pública. Muita gente esquece, entretanto, que Moro é um ser humano falível e pecador, assim como seus irmãos cristãos.
“Deus da Justiça”
Por ter se transformado no principal instrumento de luta contra a corrupção e a impunidade no Brasil, Moro deveria exaltar mais o coletivo, a participação dos demais agentes do Ministério Público e da Polícia Federal nas investigações. Seria uma maneira estratégica de se blindar dos rótulos ufanistas de “Deus da Justiça” e “Caçador de políticos corruptos” que lhe imputaram. Milhões de brasileiros enxergam em Sérgio Moro o “Salvador da Pátria”, o único responsável por uma guinada ética que a sociedade tanto almejava. Eis o extremismo que pode colocar tudo a perder.
Barbosa, o exemplo
Lula, Dilma, Temer, Renan, Cunha, Aécio e tantos outros políticos têm todos os motivos para tremer diante do modus operandi do juiz Sérgio Moro. Isso é indiscutível. Mas a vaidade e a arrogância não escolhem hora e local para fazer novas vítimas. Se já não o tem, Sérgio Moro deveria colocar urgentemente um quadro do ex-ministro Joaquim Barbosa (STF), o “herói do mensalão”, na parede do seu quarto. E imaginar que ele pode ser o próximo no topo da lista de homens acima do bem e do mal que foi parar na gaveta ou no lixo.
Glorinha, amiga fiel
Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, a atriz Glória Pires voltou a se superar no quesito desinformação. Disse que “frequenta Goiás” e defendeu a propaganda do Governo Marconi Perillo. Diga-se de passagem, feita por ela própria. Glorinha, para os mais íntimos, parece estar passando por aqueles momentos de entresafra artística. Resumindo: falta de ter o que fazer. Primeiro foi a sequência de baboseiras na transmissão da entrega do Oscar, agora uma opinião conflitante com a realidade vivida pelos goianos. Pelo menos num aspecto, Glória Pires não titubeou: “Sou amiga da Valéria”. Tá explicado.
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