Marconi já pode pedir música no Fantástico
Monte Carlo, Compadrio e Decantação. Quem diria! Já são três as operações policiais que garantiram visibilidade nacional ao governador Marconi Perillo (PSDB). E não como pretenso pré-candidato à Presidência da República, cargo para o qual se considera maduro e preparado, mas como responsável por administrações acusadas de fraude em licitações e desvio de dinheiro público. Seguindo o regulamento do apresentador Tadeu Schmidt, do Fantástico, o tucano já pode pedir música no programa global por protagonizar, desde 2012, três escândalos consecutivos contra a imagem de Goiás.
Coquetéis no Palácio
E o mais recente episódio atingiu em cheio a cozinha do Palácio das Esmeraldas. As prisões de Afrêni Gonçalves, presidente do diretório regional do PSDB, e de José Taveira Rocha, presidente da Saneago, balançaram a estrutura tucana em todo o Estado. Eles são acusados, juntamente com servidores da empresa e empresários, pelo desvio de R$ 4,5 milhões (PAC, BNDES e CEF) para o pagamento de dívidas das campanhas do PSDB. Pior: parte dos recursos, segundo o procurador da República Mário Lúcio Avelar, também foi utilizada para bancar coquetéis na residência oficial do governador.
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Governador contra parede
Marconi Perillo deve explicações ao povo goiano – se é que elas realmente podem ser dadas com retidão e transparência. Nota oficial de poucas linhas, reiterando total apoio às investigações, chega a ser ridículo. As acusações são gravíssimas, envolvendo pessoas da mais restrita confiança do governador e do seu vice José Eliton. O tucano gosta do rótulo de político moderno e conectado. Está correndo sério risco de carregar sua fama para a vala comum dos agentes públicos que fazem pouco caso da probidade.
Investigação só no começo
Enquanto Marconi e suas dezenas de assessores de comunicação não sabem para onde correr, a imprensa nacional e, surpreendentemente, alguns poucos veículos locais, caminham na sinuosa estrada da investigação e do confronto de dados. Algo quase improvável de acontecer há pouco tempo. O círculo está se fechando, governador!
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