Música sertaneja à beira da saturação
O cantor Guilherme, da dupla com Santiago, mandou recado curto e grosso à nova geração sertaneja em entrevista ao jornal “O Popular” desta sexta-feira, 9: “Os artistas de hoje querem ser famosos, não querem ser sucesso. A maioria está mais preocupada com a quantidade de seguidores e curtidas que recebem. É ruim ver o pessoal que está chegando agora não se preocupar com a geração passada, ídolos de quase todo mundo, como Tião Carreiro, João Mineiro & Marciano e Milionário & José Rico por exemplo. Eles representam a verdadeira história e conteúdo da música sertaneja”.
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O comentário de Guilherme é deveras pertinente. Ninguém discute o profissionalismo que impulsiona a música sertaneja em todo país – comanda mais de 70% do mercado musical – entretanto quase não se enxerga mais qualidade em meio a milhares de cantores de laboratório. Sinal evidente do processo de saturação que se aproxima. O que seria dos saudosistas se não existissem duplas como Guilherme & Santiago? Eles sempre brindam seus fãs com modões no estilo “Meia-Noite e Meia” e “Jogado na Rua”, músicas que destoam das atuais baladas repetitivas. Ainda bem que há luz no fim do túnel sertanejo.
Michel Temer de mal a pior
Nem mesmo os 75 anos de existência e a larga experiência de vida pública estão conseguindo transformar Michel Temer num presidente com opinião própria e atitude política. O peemedebista, até o momento, não chegou nem perto da luz própria e, pior, necessitou das imagens da mulher Marcela e do filho Michelzinho como suporte para tentar diminuir o próprio desgaste. Faltam convicção e naturalidade para um Temer pressionado pelas ruas e pelo Congresso Nacional.
A última do presidente, como tem ocorrido com frequência, foi sinalizar com a possibilidade de uma jornada de trabalho de até 12 horas e, diante da repercussão negativa, ordenar ao ministro do Trabalho um recuo sob a justificativa de interpretação equivocada da proposta. Temer, hoje, é a mais pura imagem do gestor claudicante, aquele que precisa ensaiar para convencer os assessores diretos. Ou assume as rédeas do seu governo urgentemente ou o presidente seguirá o mesmo caminho da desmoralização pública experimentado por sua antecessora.
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