Marconi e Zé Eliton miram eleição e alvejam cidadão
Por nove meses a Secretaria de Segurança Pública foi usada como arena de espetáculos. Nunca na história de Goiás inventou-se tantos fatos e estatísticas na tentativa de cacifar um advogado desconhecido como candidato competitivo ao Governo em 2018. Um tiro no tórax, ironicamente, abriu a cabeça dos estrategistas para os sérios riscos que a encenação poderia oferecer. Agora o teatro ficou para traz, a fórmula voltou a ser a mais batida da política com os recursos da venda da Celg: “O nosso R$ 1,1 bilhão já está guardadinho, para desespero da oposição”, admitiu o governador Marconi Perillo.
Projetos eleitorais idênticos
Ufa! Finalmente uma frase objetiva e sincera. José Eliton também abriu o seu coração: “Sou candidato ao Governo, mas o projeto não é individual. Vou construir uma base partidária”. É assim que se fala, vice-governador! O PSDB de Goiás, objetivamente, está construindo o alicerce para permanecer 24 anos no poder, projeto que o PMDB de Iris Rezende e Maguito Vilela também tentaria se o “moço da camisa azul” não tivesse surgido em 1998. O caminho, aliás, é idêntico ao utilizado por peemedebistas com os recursos provenientes da venda da usina de Cachoeira Dourada. O tempo passa, o modelo não muda.
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Banana para o cidadão
Marconi e Zé Eliton também não esconderam que a Secretaria de Segurança Pública passou a ser objeto de acomodação política de aliado, afinal quem vai mandar mesmo é o coronel Edson Costa. Tudo dentro dos conformes. Se a pasta resistiu às pirotecnias do vice aloprado, com certeza irá suportar outra indicação desqualificada. Enquanto isso, a população amedrontada que se dane com a flagrante ausência de PMs nas ruas e de mínimas condições estruturais nas delegacias e nos presídios.
Realidade pessoal
De minha parte, peço a Deus para não voltar a ser estatística. O histórico é significativo: dois roubos e um arrombamento na residência, além de dois assaltos e duas tentativas de assalto envolvendo familiares. Parece pouco quando recordo o sofrimento e a humilhação de amigos agredidos por criminosos apenas nos últimos três meses. Muitos deles estão recebendo acompanhamento psicológico. Sem direito a transferir o elevado valor das consultas para a conta conjunta de Marconi Perillo e José Eliton.
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