A maturidade marcou a décima edição do Comida di Buteco, evento gastronômico cujos vencedores foram anunciados na tarde desta segunda-feira. Dom Cirus (1o), Wiskinão (2o) e Varanda (3o) representaram com louvor a dedicação e o profissionalismo dos 39 bares concorrentes de Goiânia e Aparecida. Pode-se garantir que a última etapa tirou todos os envolvidos da zona de conforto: proprietários, cozinheiros, clientes e a imprensa. Não foi nada fácil reinventar o festival, após uma década do seu início, com receitas baseadas em cereais.
Já havia acompanhado de perto os altos e baixos de edições passadas, sempre na categoria de anônimo. Salvo algumas poucas exceções de participantes descomprometidos com a qualidade, é nítida a consolidação do prazer que a exposição momentânea provoca em quem se joga no desafio. Tudo fica mais apurado: o atendimento, a interação, o paladar e o senso crítico sobre o prato em destaque. E por falar nisso, os três melhores colocados foram “kid bolinho”, “tuíco no árabe” e “bolinho 41”.
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O sucesso do Comida di Buteco 2017 comprovou que os goianos podem sim avançar em direção ao nível de excelência apresentado em estabelecimentos de outras capitais como Belo Horizonte e Rio Janeiro, especializadas nos chamados bares de esquina. Goiânia pode ainda não ter a tradição destas cidades, porém o potencial é enorme para fazer bonito em nível nacional. O intercâmbio com cozinheiros dos butecos de outros estados já vem ocorrendo naturalmente.
O meu elogio ao estágio de maturidade do evento gastronômico é sincero e descompromissado. Quanto maior o seu crescimento, maior será o motivo para experimentar novos pratos na companhia de uma boa cerveja gelada. Longa vida ao Comida di Buteco e suas variações irresistíveis!
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