Alcançar a elite do poker mundial é algo que exige muito empenho, talento e dedicação em uma rotina diária de treinamentos e competições. O goiano Roberly Felício reúne todas essas características e hoje é um dos maiores expoentes do esporte das cartas em eventos de grande porte.
“Amo o esporte, minha vida é estudar e ler sobre poker. Quero sempre essa emoção da competição”, conta ele.
Em junho de 2018, durante a World Series of Poker (WSOP), Roberly entrou para história ao se tornar campeão da categoria Colossus, considerada uma das mais difíceis desse esporte. Não foi nada fácil e o goiano precisou de superar mais de 13.000 competidores para conquistar o bracelete de ouro tão requisitado.
Empresário bem-sucedido e competidor recativo, Roberly tem 49 anos e pratica poker somente há cinco anos. Sua conquista é tão impactante que ele se tornou apenas o quarto brasileiro a conquistar o bracelete na série mundial. Ele se juntou a Alexandre Gomes (2008), André Akkari (2011) e Thiago Decano (2015).
No caminho até o título, Roberly venceu profissionais internacionais de alto gabarito no esporte, como TK Miles e Scott Margereson. Além disso, ele bateu o vice-campeão mundial da Série Mundial de Poker de 2010, John Racener.
“Saber que o país todo estava torcendo por mim me deu muita força e vontade. Quando o cansaço pensava em bater, eu lembrava que tinha uma expectativa de uma nação inteira”, disse o campeão.
Outros destaques do cenário mundial
Outro nome muito comentado no cenário internacional é do espanhol Ramon Colillas. Natural de uma pequena cidade da região da Catalunha, no início deste ano Colillas surpreendeu a todos e ficou com um dos troféus mais importantes do circuito internacional, o PokerStars Players Championship (PSPC).
Disputado nas Bahamas em janeiro, no Atlantis Resort, o evento reuniu competidores de todos os cantos do mundo. Para ficar o título, o espanhol precisou superar mais de 1.000 adversários — com vários campeões nacionais entre eles.
De certa forma, é uma história parecida com a de Roberly. Colillas é empresário e dono de uma academia, mas que nos últimos anos conseguiu tempo para se dedicar ao poker. A plataforma de treinamento do espanhol é online e ele nunca havia participado de um evento ao vivo tão grande em toda sua carreira.
“A minha carreira praticamente foi desenvolvida no online, tenho jogado poker online há muitos anos. Mas para quebrar um pouco a rotina, gosto de fazer algumas viagens e jogar ao vivo para desconectar”, disse Colillas.
“Há alguns anos tenho estudado muito sobre jogar ao vivo e agora estou fazendo isso muito mais. O fato de ganhar torneios ao vivo sempre dá a você um pouco mais de repercussão na mídia do que as vitórias online, e é por isso que agora eu me conheço um pouco mais do que antes”, concluiu o espanhol.
Para fechar, vale destacar o norte-americano William Foxen. Líder do ranking mundial da Global Poker Index em 2018, Foxen apresenta uma regularidade impressionante em grandes eventos internacionais e merece um lugar de destaque na história desse esporte.
“Na maior parte do tempo, me sinto orgulhoso de ter consistência e de continuar a jogar nesses grandes torneios. Vencer consistentemente é definitivamente muito diferente e muito mais difícil”, destaca o norte-americano.
Para a atual temporada, Foxen prefere não criar tantas expectativas quanto a ser o número um do mundo novamente, mas afirma que seu foco está presente em melhorar ainda mais o seu nível de disputa.
“Estou fazendo de tudo para melhorar meu jogo, é nisso que está o meu foco. Porque isso tem sido bastante consistente comigo nos últimos anos, pois gosto de olhar para trás no meu processo de pensamento até seis meses atrás e meio que rir de mim mesmo em alguns aspectos, da maneira na qual joguei certas disputas”, conta o profissional.
Vencedores na vida e no esporte, Roberly, Colillas e Foxen, além de talentosos, têm algumas coisas em comum: são focados, não fogem de grandes desafios e apresentam um senso crítico muito apurado.
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