Até quando os goianos precisarão conviver com o desrespeito da Enel Distribuição Goiás, companhia que, ano após ano, figura entre as piores distribuidoras de energia do Brasil?
A empresa assumiu o serviço no Estado em 2017, com a promessa de fornecer um trabalho de maior qualidade do que a Celg.
Mas a realidade é que, além de ter uma das contas de energia mais caras do Brasil, a Enel Goiás frequentemente deixa os cidadãos no escuro e sem respaldo nenhum.
Pisca pisca
Neste mês de setembro, têm sido constantes os episódios de pisca pisca em vários bairros da capital.
Pode parecer que é uma homenagem ao período natalino, mas não. É só a instabilidade da rede.
Para piorar, as quedas e retornos da energia colocam em risco equipamentos e maquinário de comércios, empresas e até mesmo residências goianas.
A situação não é diferente em cidades como Aparecida, Rio Verde e Anápolis.
Regiões com produção industrial forte e que também se veem prejudicadas pela ineficiência da companhia.
Insatisfeito, o consumidor pode até tentar contato com os canais de comunicação da Enel.
Mas a resposta não varia muito em relação à tradicional: “uma equipe foi enviada para verificar o ocorrido”.
Encampação
Mas a quem recorrer?
Em 2019, chegou a tramitar na Assembleia Legislativa um projeto de lei que determinava a encampação da Enel Goiás.
O objetivo era buscar a rescisão do contrato de concessão para prestação do serviço público, deixando-o novamente nas mãos da Celg.
Mas a iniciativa, aos poucos, acabou esquecida e o projeto caducou nos arquivos do Legislativo.
Chegou a hora dos deputados e do governador Ronaldo Caiado assumirem essa briga para valer.
A ineficiência da Enel, além de ser revoltante, prejudica o crescimento do Estado.
Enquanto a empresa mantém seu monopólio sobre o serviço público e cobra valores exorbitantes, o cidadão só pode reclamar.
Isso quando consegue ser atendido.
Encampação já!
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