Na semana passada, a executiva estadual do MDB aprovou recebimento de pedidos de expulsão de vários prefeitos do partido.
Adib Elias (MDB), Ernesto Roller (Formosa), Fausto Mariano (Turvânia), Paulo do Vale (Rio Verde) e Renato de Castro (Goianésia) manifestaram apoio ao pré-candidato de outro partido ao Governo de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
Essa tendência mostra como o deputado federal Daniel Vilela está ficando sem apoio dentro da sua própria legenda.
Seu grupo de aliados incontestáveis é restrito. É composto, basicamente, por seu pai, o ex-governador Maguito Vilela, e pelo prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha.
Sucessor de Maguito em Aparecida, Gustavo deve fidelidade aos Vilela e por isso mesmo configura a única prefeitura que abraçou sem restrições o projeto de Daniel.
Faltam alianças
Daniel não tem um “exército” ao seu lado, uma militância que batalhe pelo seu nome ou pelo menos compartilhe mensagens de apoio pelas redes sociais.
Além disso, a relação entre ele e Iris Rezende não sai da formalidade protocolar. Daniel não indicou nenhum secretário municipal na administração irista.
Essa desunião dentro do partido fica cada vez mais evidente, um verdadeiro racha.
No meio dessa confusão, o partido se mostrou incapaz de criar um discurso voltado aos locais onde historicamente é derrotado, como as cidades de Anápolis, Itumbiara e Entorno do Distrito Federal.
Idade
Nos bastidores, membros do próprio MDB articulam contra o deputado. Para muitos, falta a ele um pouco mais de maturidade política.
Aos 34 anos, Daniel estaria “furando a fila”, na visão de muitos colegas de partido.
Na visão de analistas políticos consultados pelo Blog, resta a Daniel buscar no pai a sustentação para sua campanha.
Só a experiência e força política de Maguito podem atrair apoio para o pré-candidato nesse momento.
Caiado
Caso nada mude, a articulação emedebista tende a seguir difusa e pende para o lado do senador Ronaldo Caiado, experiente e conectado ao líder Iris Rezende.
O democrata é dono do único discurso de oposição que encaixou em Goiás.
Ele assumiu essa postura desde 2014 e mantém um discurso contundente de cobrança pela mudança no Estado.
Para piorar, agora Maguito fala sobre compor com o PSDB. Não tem discurso de oposição que aguente essa exposição.
Futuro
Mas qual seria, então, o futuro de Daniel Vilela na política?
Muitos já ventilam a ideia de que a jovem estrela emedebista continue no Poder Legislativo.
Em sua carreira meteórica, Daniel já foi vereador de Goiânia (2008-2010), deputado estadual de Goiás (2010-2014) e deputado federal (2010-2018). Falta apenas o Senado.
A ideia é vista com bons olhos por todos aqueles que apostam em uma grande conciliação da oposição contra o PSDB em Goiás.
Uma chapa forte, com Caiado e Vilela lado a lado sem dúvida daria trabalho para a campanha governista.
Chapa com Vilela
Restaria escolher quem vai compor a chapa ao seu lado: o deputado federal Pedro Chaves ou mesmo uma novidade.
Descontente com sua posição dentro da base aliada, na qual sua vaga é ameaçada por Demóstenes Torres, a senadora Lúcia Vânia (PSB) flerta com a possibilidade de mudar de lado.
Até outubro de 2018, muita água certamente vai correr debaixo da ponte emedebista.
Façam suas apostas. Daniel consegue viabilizar sua candidatura? E, caso consiga, ela será bem-sucedida?
Eu já fiz a minha aposta e, na semana que vem, vou revelar a minha decisão aqui neste Blog!
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