Nesta terça-feira, 9, a fiscalização do Procon encontrou 600 kg de alimentos em condições inadequadas na unidade Pão de Açúcar do Setor Oeste. Aí, você imediatamente pergunta: se uma irregularidade desta proporção ocorre numa conceituada rede de supermercados, localizada em região nobre de Goiânia, o que pode estar acontecendo nos bastidores do meu local de compras? Ninguém sabe ao certo, por isso é fundamental que o consumidor fique cada vez mais atento às condições do produto que está levando pra casa.
O trabalho dos fiscais, no caso de hoje, foi facilitado por denúncia anônima. A direção do Pão de Açúcar acabou reconhecendo a grave falha na manutenção dos produtos e prometeu melhorar o padrão de qualidade, diminuindo o grau de risco ao cliente. É o mínimo que o consumidor espera de qualquer central de vendas: grande, média ou pequena. O agravante para as redes é o elevado gasto com propaganda, muitas vezes alardeando um zelo com alimentos os que não corresponde à realidade.
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É óbvio que não se deve generalizar. Mas vai longe o tempo em que os maiores riscos de acondicionamento e manutenção de produtos estavam localizados nos mercadinhos de ponta de esquina. A “bomba” dos dias atuais se concentra na grande quantidade de mercadorias e baixa rotatividade em função da queda do poder aquisitivo. O reaproveitamento se transforma numa questão de sobrevivência, empurrando o problema para o carrinho do consumidor. Cabe a ele separar o joio do trigo. E cada dia está mais difícil identificar sinais de maquiagem em produtos e embalagens. Quase uma tarefa de detetive para o cidadão que implora por respeito e transparência no momento de gastar o suado salário.
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