Alunos de escolas públicas serão capazes de programar robôs

De forma a estimular a aprendizagem e desenvolver habilidades dos alunos nos conteúdos de física, a Secretaria Municipal de Educação (SME) está em fase de conclusão do projeto “Robótica Livre”, que será inicialmente implantado em cinco instituições de Goiânia. A ação prevê a capacitação de professores para o ensino da programação de robôs.

Ao encontro dessa proposta, cerca de 30 alunos da Escola Municipal Alice Coutinho, localizada na Vila Moraes, já participam de aulas de robótica na instituição. Os educandos de nono ano, dentro da disciplina de ciências, aprendem ao mesmo tempo física, matemática, engenharia mecânica, inteligência artificial, microeletrônica, automação, ecologia e vários outros conteúdos.

Sucatas

Nas aulas ministradas pelo professor Kleiber Pinheiro Sales, os alunos são preparados para construir mecanismos robotizados simples, a partir do aproveitamento de materiais recicláveis. Sucatas de equipamentos de computação são utilizadas no desenvolvimento dos dispositivos eletromecânicos.

Segundo o professor Kleiber, a robótica é uma ferramenta que possibilita o enfrentamento de novos desafios. “Essa ciência pode estimular a criatividade, aumentar o interesse pela pesquisa, proporcionar ambiente de aprendizagem, assim como desenvolver no aluno a iniciativa”, destaca o professor.

Trabalho em equipe

Assim como nas aulas da Escola Municipal Alice Coutinho, os educandos das escolas da rede serão capazes de programar robôs, sem ter acesso a controladores complicados. Para isso, será utilizado o kit de montagem arduíno, recurso livre e de baixo custo, que permite a construção de dispositivos robotizados com movimentos simples.

Para Antônia Cristina Mendes Teixeira, diretora da unidade educacional, a proposta desperta integração, interesse e interatividade. “Atualmente, quase tudo tem robótica e utilização de novas tecnologias. Na tentativa de produzir um robô, os nossos alunos irão trabalhar em equipe e vão se esforçar mais, porque precisam de outras disciplinas e estar em grupo para montar as peças,” afirma a diretora.