O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) recebeu apoio de líderes estaduais contra a Reforma Tributária que tramita no Congresso Nacional.
Deputados federais, estaduais, prefeitos, empresários e o senador Vanderlan Cardoso (PSD) se juntaram ao governador em alerta contra efeitos negativos da reforma.
Eles estiveram no Palácio Pedro Ludovico Teixeira nesta 6ª feira (30) com o governador.
O governador tem sido enfático e uma das lideranças nacionais contra a reforma.
Segundo Ronaldo Caiado, o atual texto da Reforma Tributária ameaça à economia goiana, promove insegurança em todo processo produtivo do estado e engessa autonomia de governadores e prefeitos.
Caiado ainda enfatizou que gestores públicos não foram eleitos para se tornarem “simples ordenadores de despesas que vão receber mesadas de Brasília”.
Queda na arrecadação
De acordo com o governo estadual, a soma da arrecadação do governo federal em um ano atinge R$ 1,4 trilhão.
Estados e municípios, juntos, arrecadam R$ 960 bilhões.
Com a junção dos 2 montantes, atingindo cerca de R$ 2,4 trilhões, a oneração de arrecadação de estados e municípios, conforme a proposta que tramita no Congresso, será de 80% da folha, enquanto que na União o percentual será de apenas 20%.
“É muito fácil fazer experiência com o pescoço dos outros”, criticou Caiado.
O vice-governador Daniel Vilela (MDB), a secretária de Economia Selene Peres, o presidente da Comissão de Economia do Senado, Vanderlan Cardoso, o presidente da Federação de Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, a líder da bancada goiana no Congresso, Flávia Morais (PDT) e o prefeito de Goiânia Rogério Cruz (Republicanos) também apoiaram o posicionamento.
De acordo com Mabel, a nova Reforma tornará o sistema tributário nacional “uma confusão”.
“Teremos municípios entrando, empresários entrando também. Nós não podemos rasgar o pacto federativo”, argumentou.
Vanderlan Cardoso reforçou que na casa legislativa que representa o interesse dos estados e municípios no Congresso Nacional, audiências e mais debates serão realizados sobre a proposta após sua saída da Câmara, a fim de mitigar as perdas de arrecadação.
O prefeito Rogério Cruz disse que precisa ser apresentado um texto justo para todos.
“Principalmente para nós que gerimos nossos municípios, porque somos nós que conhecemos as necessidades e as angústias das pessoas”, pontuou.
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