A construção de 1 complexo viário no cruzamento da Avenida Jamel Cecílio e da Marginal Botafogo, no Jardim Goiás, já tem prazo para sair do papel.
Avaliada em R$ 30,3 milhões, a obra será construída com recursos da Prefeitura de Goiânia, oriundos de empréstimo junto à Caixa Econômica autorizado pela Câmara.
O plano é que o serviço tenha duração de 15 meses.
Concomitante, será executado o prolongamento da Marginal Botafogo até a Segunda Radial, no Setor Pedro Ludovico.
De acordo com a prefeitura, esse complexo viário é uma das maiores intervenções da atual gestão municipal.
Ele vai atingir 3 artérias de intenso fluxo diário de veículos: Avenida Jamel Cecílio, Marginal Botafogo e Avenida Leopoldo de Bulhões.
Todas essas vias dão destino à saída Sul da Capital e a bairros e condomínios populosos, como o Parque Flamboyant, Alphaville, Portal do Sol, Alto da Glória e o próprio Jardim Goiás.
“Convergimos muitos esforços para alavancar, agora que as chuvas cessaram, um pacote de obras orçado acima de R$ 635 milhões, o que significa, se Deus quiser, que estamos nos tornando aptos a investir na cidade, até o final de 2020, mais de R$ 1 bilhão”, afirmou o prefeito Iris Rezende.
Já foram habilitados no processo licitatório da Seinfra 4 consórcios e 2 empresas de engenharia.
A sessão de abertura aconteceu na segunda, 17, e habilitou os Consórcios SG, Planex-Ingá-Jamel, Traçado-Sogel e Marginal Botafogo e as empresas Jofege Pavimentação e Construção Ltda. e Loctec Engenharia Ltda.
A próxima etapa é a abertura dos envelopes com a melhor proposta e, vencidos os prazos legais impostos a uma concorrência pública, a Seinfra vai assinar a ordem de serviços, que dará início aos trabalhos, fato que deverá ocorrer na segunda quinzena de agosto.
Complexo viário
O complexo viário inclui três elementos diferentes de engenharia, nos mesmos moldes do que ocorreu no cruzamento da Avenida 85 com a Avenida T-63: o elevado, o viaduto em nível e a trincheira, e cada um deles atenderá a uma das vias atingidas.
A Avenida Jamel Cecílio vai passar pelo elevado sobre toda a obra; no nível da Alameda Leopoldo de Bulhões será construída a rotatória, na rua já existente; e a Marginal Botafogo passará em trincheira por baixo de tudo.
Sobre o viaduto será erguido um monumento, representando simbolicamente o traçado da obra, sendo o elevado o braço e a rotatória, a boca de um violão.
Com essa intervenção, a Prefeitura de Goiânia busca dar maior fluidez ao tráfego de veículos para a Jamel Cecílio e para a Marginal Botafogo e maior acesso a essas duas vias a quem está na Leopoldo de Bulhões, eliminando o semáforo de três tempos no cruzamento e destravando o trânsito.
“O elevado na Jamel Cecílio dará fluxo direto para as pessoas que querem atingir a GO ou os bairros e condomínios da região, a Marginal Botafogo vai realmente funcionar como uma via expressa, sem nenhuma interferência semafórica, já quem desce a Alameda Leopoldo de Bulhões terá acesso à direita, na Jamel Cecílio, ou à esquerda, para o Setor Sul, basta fazer o contorno da rotatória e seguir ou retornar à própria Alameda. O trânsito vai fluir para todos os lados, sem interferência de sinaleiro”, explicou o diretor de Políticas e Programação de Obras Públicas da Seinfra, Carlo Henrique de Oliveira.
Impacto no comércio
Durante a execução das obras, o cruzamento no local será fechado e o tráfego de veículos, desviado para a ponte da Rua 1018.
Os consumidores poderão acessar as lojas instaladas na Jamel Cecílio, que continuará aberta, pela Marginal Botafogo, através da Rua PI3, e pela Avenida Botafogo, no Setor Pedro Ludovico.
De acordo com a prefeitura, portanto, o comércio não será interrompido.
Também preocupação comum aos lojistas, principalmente àqueles que estão situados entre a Rua 115 e a Alameda Leopoldo de Bulhões, é com a retirada da faixa de estacionamento na Jamel Cecílio.
Para essa preocupação, o diretor Carlo Henrique assegura que “somente um trecho de 50 metros da Avenida será atingido para a projeção do elevado, porque as pessoas precisam sair na lateral para a Leopoldo de Bulhões”.
Ele explica que a proibição do estacionamento somente se daria para a criação de um corredor exclusivo para ônibus na Jamel Cecílio, o que não vai acontecer.
Prolongamento da Marginal Botafogo
Menos sofisticado do que o complexo viário, o prolongamento da Marginal Botafogo deve começar no próximo mês.
Com o processo licitatório já em fase adiantada, aguarda-se a definição da empresa vencedora para a emissão da ordem de serviço e início dos trabalhos.
Segundo Flávio Máximo de Oliveira, coordenador executivo da Unidade Executora de Projetos do Programa Urbano Ambiental Macambira-Anicuns (UEP/PUAMA), responsável pela obra, a Marginal será prolongada em cerca de 1,5 km, da Jamel Cecílio até a Segunda Radial, no Setor Pedro Ludovico.
No projeto de prolongamento está prevista a construção de uma ponte na Rua 1018 e outras duas na Segunda Radial, além de todo o trabalho de micro e macro drenagem, sinalização semafórica e obras de canalização ao longo desse trecho do Córrego Botafogo.
A obra será executada com recursos do tesouro municipal, no valor de R$ 14 milhões, e tem prazo de sete meses para ser concluída.
Monumento em homenagem à música
O monumento a ser erguido sobre o viaduto da Avenida Jamel Cecílio leva a assinatura do arquiteto Sandro Carvalho, que também assinou o do Viaduto Latif Sebba (Praça do Ratinho) e do elevado João Alves de Queiroz (Praça do Chafariz).
Segundo o autor, o monumento foi pensado para valorizar a música goiana, lembrando que a Avenida dá acesso a dois importantes pontos culturais de Goiânia, o Oscar Niemeyer e a Casa de Vidro (em construção).
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