Por Renato Dias
Professores, servidores, estudantes, com o suporte de trabalhadores sem terras, sem teto, indígenas, quilombolas e LGBTs promovem, nesta quinta-feira, 30 de maio de 2019, às 16h, nova manifestação contra o contingenciamento de verbas para a Educação.
A concentração, em Goiânia, está programada para a Praça Universitária.
O ato prevê uma passeata, com bandeiras, cartazes, palavras e ordem e discursos, em um carro de som, da Avenida Universitária, antiga Rua 10, até a Praça do Bandeirante, 18h.
Velho ponto de protestos desde as revoltas do ano de 1968. O ano que não ‘terminou’, como aponta o jornalista Zuenir Ventura, uma testemunha ocular da época. Tempos Sombrios. Da ditadura civil e militar instalada em 1964.
O protesto, nacional, é convocado tanto pela União Nacional dos Estudantes, a UNE, reconstruída em 1979, em um Congresso, em Salvador, Bahia, quanto pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, a UBES, reestruturada nos anos 1980. Do século XX.
Ainda sob a hegemonia de João Baptista de Oliveira Figueiredo, o último presidente da República de origem do Exército Brasileiro.
A Central Única dos Trabalhadores, fundada em agosto de 1983, a CTB, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, seção estadual, a Intersindical, a Conlutas, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terras, MST, além do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, o MTST, darão suportes social, político e ideológico à manifestação.
Reforma da Previdência
Os trabalhadores condenam o projeto de Reforma da Previdência Social elaborado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, eleito em outubro de 2018, e enviado ao Congresso Nacional.
A proposta de mudança constitucional altera dispositivos do capítulo da Seguridade Social – Sistema Único de Saúde, Assistência Social e Previdência Social – estabelecido na Constituição Federal.
A Carta Magna promulgada em 5 de outubro de 1988. Por Ulysses Guimarães, morto em acidente aéreo no ano de 1992.
A medida retira direitos econômicos e sociais, dos professores, altera valores e benefícios dos trabalhadores rurais e do Benefício de Prestação Continuada, o BPC.
A ideia original é implantar o sistema de capitalização do Chile.
Orientado pelo astrólogo Olavo de Carvalho, o ‘oráculo da nova direita explosiva’, o Governo Federal admite retirar o nome do educador Paulo Freire como patrono da Educação Brasileira. Mais: acabar com o ensino de Filosofia e de Sociologia no Brasil.
Assim como implantar o conceito de ‘Escola Sem Partido’ nas instituições de ensino no País.
Projeto de cobrança de mensalidades e do fim das cotas sociais e raciais, nas instituições de ensino superior públicas, compõem a plataforma política do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Um homem de mercado. Adepto das ideias da Escola de Economia de Chicago. Nos Estados Unidos das Américas.
Um defensor da ideologia ultraliberal de Estado Mínimo e da mão invisível do mercado.
Educação Básica
Mauro Rubem, da CUT, participará do ato.
Railton Nascimento, do Sinpro e CTB, liderará a marcha dos professores.
Rogério Cunha, do MTST, de Goiás, irá à passeata.
Danny Cruz, a líder estudantil, estudante de Ciências Sociais e Políticas Públicas da Universidade Federal de Goiás, da UEE, comandará os universitários.
Professor da UFG, doutor em Educação, Humberto Clímaco, anuncia mobilização para o protesto.
Graduada em Pedagogia, mestre e doutora em Educação, consultora da Organização das Nações Unidas para a Educação Pública no Timor Leste, na Ásia, país de língua portuguesa, que conquistou a sua independência, após invasões do Japão, Portugal e Indonésia, Jacqueline Cunha, teme a ‘destruição’ da Educação Básica.
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