Uma enfermeira de 40 anos foi denunciada pela morte de um estudante de 18, após não aceitar acordo proposto pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO).
Segundo as investigações, a mulher não teria respeitado a sinalização de Pare, em 8 de fevereiro de 2022, e se envolveu num acidente que gerou a morte de Bruno Marques Mesquita de Araújo.
Como foi o acidente
O jovem passeava com o cachorro quando foi atingido pelo carro de uma 2ª motorista, uma escrevente, que colidiu com o veículo da enfermeira.
Ao cruzar o sinal de Pare na Rua S-5, no Setor Bela Vista, por volta das 10h, ela bateu no 2º veículo, que vinha, conforme apuração da Polícia Civil, em alta velocidade pela Avenida T-13.
Após a colisão, o carro que trafegava pela avenida foi lançado para cima do jovem, que não resistiu ao acidente.
Proposta de acordo no MP
Apesar do caso ter ocorrido há mais de 2 anos, o MP ainda tentava acordo com as duas motoristas.
A escrevente, que guiava o carro acima da velocidade concordou com a proposta e aceitou o pagamento de R$ 10 mil de indenização à família da vítima, além da suspensão da carteira de motorista por 4 meses, mais 7 de prestação de serviços comunitários.
Como não aceitou o acordo, por outro lado, a enfermeira pode responder por homicídio culposo, quando não há inteção de matar.
Nesse caso, a condenação pode ser por até 4 anos de detenção, além de possível pagamento de indenização.
Segundo a defesa da enfermeira, o acidente teria ocorrido pelo excesso de velocidade do veículo conduzido pela escrevente, além do fato que a colisão teria acontecido por má visibilidade no cruzamento, o que não seria culpa dela.
A Polícia Civil e o MP, nos relatórios apresentados, concordaram que a responsabilidade pela fatalidade é da escrevente, pelo excesso de velocidade, e da enfermeira, por não respeitar a sinalização.