Depois de a delegada Ana Elisa, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), ter afirmado em coletiva de imprensa que seria falso o relato de estupro na UFG (Universidade Federal de Goiás), a única testemunha do caso disse ter provas de que tenha falado a verdade.
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A delegada trabalha com a hipótese de que tudo não passe de uma história inventada pelo estudante. “Possuímos evidências expressivas que o Daniel virou a câmera que fica direcionada para o banheiro masculino no dia 7 de junho. Ele teve até o dia 14 para planejar toda ação. No entanto, não tem como afirmar que foi ele que deixou a calcinha no local”, disse.
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O estudante de Relações Públicas, que divulgou o caso do possível estupro na universidade na noite de quarta (15), confirmou que é realmente ele quem aparece nas imagens das câmeras de vigilância, mas negou que tenha feito testemunho falso. Ele também disse, em entrevista ao jornal “O Hoje”, que existe outra pessoa que presenciou o momento em que a garota foi atirada para fora de um carro, com sinais de ter sido dopada, no estacionamento da Faculdade de Informação e Comunicação.
Segundo ele, um funcionário da universidade também estava presente no local e este fato só teria sido mantido em sigilo até o momento porque o mesmo está em estágio probatório e teme pelo seu emprego.
O caso
Em seu twitter, o estudante de Relações Públicas alertou seus seguidores sobre um estupro na UFG e pediu para que colegas ajudassem a localizar a vítima que, fora de si, teria fugido desorientada.
O caso gerou muita repercussão na internet e impulsionou um movimento de mulheres e estudantes que ocuparam o prédio da reitoria da universidade reivindicando uma atitude do reitor a respeito da insegurança e da vulnerabilidade das mulheres dentro dos campi da UFG.
A vítima não foi localizada e ainda não procurou a polícia. As estudantes que participam do movimento de ocupação acreditam que ela, na sua frágil condição, preferiria não se expor nesse momento.
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