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Falta de controle sobre a base amplia o risco de Mabel ter o decreto de calamidade suspenso

Vereadores mostram resistência e colocam em xeque medidas emergenciais da Prefeitura de Goiânia

08, outubro, 2025
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Mabel quer manter entrada gratuita na Pecuária de Goiânia em 2026

Prefeito Sandro Mabel durante entrevista coletiva | Foto: Divulgação

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A suspensão do decreto de calamidade pública financeira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Goiânia representa duro golpe para a gestão do prefeito Sandro Mabel.

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Mais do que uma simples derrota parlamentar, o episódio expõe crise política interna e claro desgaste da autoridade do Executivo perante o Legislativo.

O projeto de decreto legislativo que susta os efeitos da calamidade foi apresentado pelo ex-líder do Governo, vereador Igor Franco (MDB).

Desde janeiro, o decreto de calamidade servia como justificativa para que a Prefeitura de Goiânia adotasse medidas emergenciais, muitas vezes impopulares, para enfrentar a suposta crise financeira.

No entanto, a decisão da CCJ revela que esses argumentos não convenceram boa parte dos vereadores, que agora mostram disposição para desafiar o governo e questionar a real necessidade da calamidade.

A votação dividida, com empate entre os que defendiam arquivar o projeto e os que o sustentavam, demonstra que a base governista não está unida nem coesa.

Igor Franco durante sessão | Foto: Câmara Municipal

Novo líder tentou derrubar suspensão

A tentativa do líder da base, Welington Bessa (DC), de enterrar o projeto fracassou justamente porque parte do próprio grupo mostra insatisfação com a gestão do prefeito.

O voto de minerva do presidente da Comissão, Luan Alves (MDB), contra o pedido de arquivamento, foi decisão histórica, a 1ª vez que precisou desempatar, e um sinal claro de que o Legislativo está disposto a exercer sua autonomia e fazer frente ao Executivo, mesmo que isso signifique constranger o prefeito.

Sessão da CCJ nesta 4ª feira (8) | Foto: Câmara de Goiânia

Teste de força

Agora, o projeto seguirá para o plenário, onde Sandro Mabel terá que enfrentar mais um teste de força.

Dada a resistência crescente, é provável que o desgaste político aumente e que o governo municipal tenha dificuldades para aprovar medidas que envolvam cortes, reajustes ou alterações no orçamento.

Essa situação delicada deixa claro que o prefeito não tem controle absoluto sobre sua base e precisa urgentemente dialogar e reconstruir alianças para evitar um desgaste ainda maior em sua gestão.


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