A criação do Grupo Especial de Investigação em Estupros em Goiás foi anunciada pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) nesta 6ª feira (23).
O grupo foi criado mediante portaria assinada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Odair José Soares.
Além disso, um delegado foi nomeado para “tratar única e exclusivamente de estupradores”, segundo o governador.
“Não vou admitir qualquer nível de agressão contra mulher em nosso Estado. Faço um apelo à sociedade. Se souberem de qualquer caso, façam chegar informação à polícia”, clamou o governador.
Já o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, ressaltou a importância da atuação do Estado no combate à violência contra a mulher, dadas as particularidades deste tipo de crime.
“É cometido dentro de casa, do lar, em locais fechados, onde a prevenção é muito difícil. Eu não aceito a alegação de que isso é cultural. Isso não existe. Existe covardia, e a covardia está sendo enfrentada pelo governador Ronaldo Caiado. As pessoas que, por ventura, quiserem cometer esse tipo de crime vão ter de pagar”, completou Rodney.
Coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais e presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), a 1ª dama Gracinha Caiado citou um levantamento que aponta que 52% das mulheres não denunciam o agressor ou não procuram ajuda.
“Queremos dizer a todas as goianas que estão em alguma situação de violência que existe sim uma saída para ela. Estamos aqui para reafirmar que agressividade não é amor. Humilhação, xingamento, violência não é amor”, pontuou.
“Hoje, em Goiás, em briga de marido e mulher não se mete a colher, se mete a algema”, disse.
Sala Lilás
Também foi inaugurada nesta 6ª feira (23) a Sala Lilás da 1ª Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica (1ª CRPTC), em Aparecida de Goiânia.
Com atuação no âmbito da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o espaço de 40 m² dispõe de estrutura organizacional semelhante à de Goiânia, que entrou em funcionamento em 2019.
Visa garantir atendimento de forma qualitativa a todas as mulheres e crianças vítimas de violência e evitar a revitimização.
Os trabalhos tiveram início imediatamente após a inauguração e seguirão 24h por dia.
Conforme orienta a Lei Maria da Penha, o atendimento estará a cargo de uma equipe de médicas especializadas, em um ambiente mais acolhedor e com recepção separada da geral do Instituto Médico Legal (IML) para mais privacidade.
Atuarão ali 17 profissionais, sendo uma equipe de cinco por dia: um da Polícia Científica e quatro da Secretaria de Saúde (SES).
Além da sala de atendimento médico, com toda a estrutura para realização dos exames, há um espaço para crianças na recepção, com uma pequena brinquedoteca.
Assim como para a Sala Lilás da capital, para a unidade de Aparecida o atendimento também foi pensado para ser de forma multidisciplinar, com enfermeiras, psicólogas e assistentes sociais.
Para isso, foi firmado um termo de cooperação com a Secretaria de Saúde.
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