A Justiça de São Paulo liberou um homem negro preso injustamente após 12 anos.
Carlos Edmilson da Silva foi solto nessa 5ª feira (16), depois de passar mais de uma década preso por engano, condenado por estupros que não cometeu.
A prisão ocorreu em 10 de março de 2012, com base em reconhecimento por fotos e presencialmente, pelas próprias vítimas.
Foi condenado a 137 anos de prisão em regime fechado.
Agora, no entanto, exames de DNA da Superintendência da Polícia Técnico-Científica reveleram que ele era inocente.
Em 2012, no entanto, o uso de exame de DNA para solucionar crimes já era uma realidade.
O primeiro emprego da análise do DNA no âmbito criminal aconteceu em 1987, na Inglaterra.
Na ocasião, a polícia inglesa conseguiu provar que um carteiro chamado Colin Pitchfork era responsável por violentar e assassinar 2 adolescentes.
No Brasil, a tecnologia chegou em 1994.
Carlos sempre negou os crimes, que ocorreram entre 2010 e 2012, pela falta dos exames que comprovam sua inocência 12 anos depois.
Por que só agora?
Há quem diga que agora, com sua liberdade, a Justiça foi feita.
Ele, no entanto, pagou por um crime que não cometeu, por mais de uma década, em um sistema prisional notoriamente problemático no país.
A questão que fica agora é: quem pagará pela injustiça?
Ou ainda, é possível reparar os danos feito à imagem, ao psicológico e à família de um homem detido por um crime tão cruel por tanto tempo?
Curiosamente – e talvez para piorar ainda mais a situação – o verdadeiro estuprador das 10 vítimas já estava preso, na mesma penitenciária onde Carlos ficou por 12 anos.
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