Preso no último domingo, 16, o médium João de Deus passou a sua primeira noite no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
A sua rendição às autoridades policiais ocorreu por volta das 16h30, na zona rural de Abadiânia (GO).
Segundo a Polícia Civil de Goiás, ele prestou depoimento até as 22h e passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Na sequência, foi levado ao Núcleo de Custódia, local destinado a presos vulneráveis, como idosos e debilitados, ou daqueles que correm algum tipo de risco.
A cela
De acordo com a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), João Teixeira de Faria está em uma cela sem grades e com 16 metros quadrados.
No local, há quatro camas metálicas, banheiro, pia e chuveiro.
Porém, segundo o advogado do suspeito, Alberto Toron, o médium passou a noite em um colchão no chão e está “abatido”.
“O João dormiu um colchãozinho fino no chão”, afirmou o advogado.
Toron disse ainda que solicitou ao diretor da unidade um estrado para o colchão.
Companheiros de cela
João divide a cela no Núcleo de Custódia com outros três presos.
Todos eles são advogados. Seus nomes, no entanto, não foram divulgados.
Rotina na cadeia
Na manhã dessa segunda-feira, 17, o café da manhã de João de Deus foi um pão com manteiga acompanhado de achocolatado.
Após a refeição, ele tomou banho de sol com os outros três companheiros de cela.
Segundo a DGAP, o médium está recebendo todos os seus medicamentos de uso contínuo.
Uma das suas restrições é quanto às visitas. Durante 30 dias, ele poderá receber apenas os seus advogados.
Habeas Corpus
A defesa do médium, suspeito de praticar estupros ao longo de vários anos de “atendimento espiritual” em Abadiânia, afirmou que apresentará um pedido de habeas corpus à Justiça.
Os advogados vão requerer a revogação da prisão ou, no mínimo, sua conversão para prisão domiciliar.
Em seus depoimentos à polícia, João negou todos os abusos sexuais dos quais é acusado.
Agora, o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes, espera concluir os inquéritos em 15 dias.
Só então será tomada a decisão sobre eventuais indiciamentos.
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