Ponto de vista
Respeito o fato de a Copa do Mundo ter sido disputada no Brasil. Mas, guardadas as devidas proporções, a derrota de 3 x 2 da seleção de Zico, Falcão e Sócrates para a Itália de Paolo Rossi na Espanha em 1982 causou muito mais estragos para o nosso futebol do que a humilhante goleada de 7 a 1 para a Alemanha. O fracasso daquela geração tirou das crianças e dos adolescentes o entusiasmo pela manutenção da essência do futebol brasileiro sem perder a competitividade.
Longo caminho
O desastre ocorrido no Mineirão há exatos 365 dias, pelo contrário, apenas comprovou o quanto a nossa seleção estava atrasada distante da realidade das equipes europeias em competições levadas a sério. O título da Copa das Confederações, em 2013, havia sido superdimensionado. Um comparativo: o fracasso de 82 somente foi superado, pra valer, 20 anos depois com o título e o bom futebol do time de Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e cia. Quanto tempo levaremos para virar a página do 7 a 1 com uma conquista convincente?
Blá-blá-blá
A propósito: se um ano após a vexatória goleada para os alemães nada mudou no futebol brasileiro, fica praticamente impossível acreditar em qualquer reviravolta.
Sete em 1992
Nion Albernaz não gosta nem de lembrar quando ocupava o Palácio das Campinas em 1992, ainda filiado ao PMDB, e foi obrigado a comandar a escolha do candidato do partido que tentaria sucedê-lo na Prefeitura de Goiânia. Sete nomes estavam na disputa: Barbosa Neto, Lúcia Vânia, João Natal, Mauro Miranda, Servito Menezes, Pedro Batista e Sandro Mabel. Diante de um partido dividido, prevaleceu a vontade de Nion com a chapa Mabel e Pedro. Resultado: o azarão Darci Accorsi (PT) levou a melhor, mesmo com o PMDB na Prefeitura e no Governo do Estado (Iris Rezende).
Sete em 2015
Coincidentemente, o mesmo Nion vê em 2015 o seu PSDB com sete pré-candidatos: Waldir Soares, Fábio Sousa, Giuseppe Vecci, Anselmo Pereira, Cristina Lopes, Manoel de Oliveira e Jayme Rincón. Também há semelhança no tamanho da divisão interna e no comando tucano no Governo do Estado. Assim como Nion em 92, Marconi tem preferência por Rincón em função do nome novo e da estrutura financeira disponível. Resta saber se toda a estratégia do governador será suficiente para superar Iris Rezende e Vanderlan Cardoso, dois candidatos calejados.
Escorpião no bolso
E por falar em Iris e Vanderlan, ambos se movimentam com desenvoltura nos bastidores da sucessão municipal. Os pré-candidatos dialogam com lideranças, concedem entrevistas, mas fecham a cara quando questionados sobre a retaguarda financeira que pretendem montar para o embate com o PSDB de Marconi e Rincón. “É nessa hora que o bicho pega. Mesmo milionários, sempre tentam minimizar o pragmatismo eleitoral de hoje em dia”, argumenta um deputado da bancada de oposição.
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