Buraco é mais embaixo
O país passa por uma das mais sérias crises de sua história e ainda tem gente apostando em simples “marolinha”. O quadro é desolador e atinge os setores público e privado. O rombo nas contas dos governos Dilma, Marconi e Paulo Garcia, para ficar apenas em três exemplos, tira o sono dos servidores. Três greves já se materializam – Saúde, Educação e Guarda Municipal – e muitas outras estão a caminho. Não há perspectiva de luz no fim do túnel para atender reivindicações dos servidores e muito menos recursos para obras.
Luz vermelha
Enquanto isso o desemprego na iniciativa privada cresce de maneira assustadora. Patrões recorrem ao velho bordão de criatividade em meio a crise, mas na prática estão cancelando novos investimentos e utilizando as férias coletivas como alternativa para enfrentar a crise. A realidade de momento é chocante: comercialização e aluguel de imóveis estagnados, venda de veículos em queda brusca e mercado do turismo despencando. O cidadão não se arrisca e a economia padece.
Caiu a ficha
A suposta tranquilidade do governador Marconi Perillo em relação ao afastamento dos policiais temporários (Simve) não passa de jogo de cena. Nos bastidores ele acusou o golpe e sabe que um novo concurso e o banco de horas para os PMs são alternativas que irão comprometer ainda mais a folha de pagamento. E desta vez Marconi não tem como jogar a culpa no colo de Dilma, Alcides ou do PMDB. O silêncio do secretário Joaquim Mesquita é ensurdecedor.
Rindo e chorando
O destino reservou coincidências culturais no dia marcado pelos 30 anos da morte da poetisa Cora Coralina: a comemoração da dupla Zezé di Camargo e Luciano por ser protagonista do enredo da escola Imperatriz Leopoldinense no carnaval de 2016 e o triste relato sobre a gestão pública do Teatro Goiânia, Vila Cultural e Centro de Cultura Goiânia Ouro.
Filme repetido
As três unidades culturais são referências na área, entretanto o futuro se apresenta sombrio pelo descompasso financeiro. No frigir dos ovos, Governo do Estado e Prefeitura tentam encontrar soluções administrativas para o descaso estabelecido. Quando há necessidade de corte nos gastos, a corda geralmente arrebenta nos setores mais frágeis, como cultura, esporte, turismo e assistência social.
Pânico no microfone
Presidente do Detran/GO, João Furtado tem verdadeira ojeriza a entrevista ao vivo e o resultado não costuma ser satisfatório. Foi assim para a TV Serra Dourada em 2014 e hoje o estrago se repetiu na TV Anhanguera. Furtado simplesmente ignorou os muitos problemas no órgão, garantiu que a crise faz parte do passado e jogou a culpa no usuário. Quem acompanhou a entrevista teve a certeza do motivo pelo qual o Detran não sai da pauta negativa.
Rápidas
… Só mesmo nas redes sociais para uma declaração do cantor Ed Motta causar tanto burburinho. Há pouco tempo ele aceitou ser auxiliar técnico no The Voice Brasil para ganhar uns trocados;
… Comemorar ou sofrer? Eis o dilema de Ronaldo Caiado (DEM) diante do silêncio do procurador de Justiça Demóstenes Torres após ser interpelado judicialmente para comprovar acusações contra o senador;
… Uma rápida conferida nas atrações da nova edição do Comida di Buteco para perceber que os pratos estão mais elitizados. A essência do improviso e da simplicidade nas receitas ficou no passado.
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