O empresário e dirigente classista José Carlos Palma Ribeiro registrou nesta quinta-feira, 12, a chapa encabeçada por ele com o objetivo de disputar a presidência da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO) no mês que vem.
Sob o nome de “Representatividade e Inovação”, o grupo diz ter o apoio da maioria dos 29 sindicatos aptos a votar nas eleições.
Depois de completar dois mandatos à frente do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO) e após ter ocupado vários outros cargos ligados à defesa do empresariado goiano, José Carlos Palma foi escolhido como candidato dentro de um grupo que deseja mudanças na Fecomércio.
Entidade enfraquecida
“A Federação é uma ferramenta de extrema importância na defesa do empresário. No entanto, a entidade está enfraquecida por interesses diversos e até conflitantes acumulados durante anos. E esses motivos de enfraquecimento devem ser reavaliados”, disse Palma.
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Ele ainda acrescentou que os empresários “precisam de uma federação forte e livre de compromissos que não tenham a ver com a defesa dos representados”.
A fala de Palma faz referência à existência de sindicatos dentro da Fecomércio que hoje contam com estrutura própria para a defesa do segmento, em nível estadual ou nacional, mas que ainda usufruem da estrutura sustentada pelo comércio goiano.
Relação com a sociedade
Uma das principais bandeiras de José Carlos Palma, caso eleito, será melhorar a imagem que o empresário tem na sociedade. Na opinião dele, ao contrário do que acontece em países desenvolvidos, quem tem empresa no Brasil é visto como vilão.
“Devido a estratégias políticas, o empreendedor é constantemente denegrido a ponto de não enxergar mais em si o valor e o peso que ele tem na sociedade”, disse.
Ao definir a importância do empresário, Palma é categórico: “quem empreende arrisca o próprio capital. O resultado é claramente visto nas riquezas para o país, na criação de empregos, na geração de renda e na melhora da qualidade de vida das pessoas. Quer mais peso do que isso?”, argumentou.
Na visão do candidato da chapa “Representatividade e Inovação”, a ocasião não poderia ser mais oportuna para o resgate dessa imagem.
Em meio a uma nova legislação trabalhista, José Carlos está convicto de que esse é o momento para que o sistema sindical se adeque aos novos tempos.
“A modernização da lei nos trouxe mais do que dificuldades. Temos agora a chance de fortalecer os sindicatos e estabelecer uma nova relação entre empregado e patrão, livre de qualquer estereótipo e maniqueísmo”, defende Palma.
Transparência
Engajado na defesa do empresariado ao longo dos últimos 15 anos, José Carlos Palma afirma que a Federação é uma entidade que tem no seu DNA o comércio e por isso precisa ter na direção pessoas ligadas a este universo.
“Não é possível admitir que uma instituição tão representativa seja conduzida na próxima gestão por pessoas ligadas a outros ramos de atividade. Se queremos fortalecer a Fecomércio-GO, é necessário que a presidência seja ocupada por um nome do setor. O grupo de sindicatos que me apoia representa mais da metade das empresas ligadas ao comércio goiano e compartilha desse mesmo sentimento”, disse Palma.
Atualmente, a Fecomércio-GO reúne cerca de 90 mil empresas, que juntas respondem por aproximadamente 60% do PIB goiano.
No quesito transparência, José Carlos avalia que a situação vivida no Brasil, no tocante ao combate à corrupção, deve atingir também as entidades classistas. A transparência, de acordo com ele, vai nortear sua gestão, melhorando ainda mais a boa imagem que a Fecomércio-GO já desfruta em âmbito nacional.
“Fomos às ruas para combater a corrupção, compra de votos, favorecimentos, barganhas por cargos e acordos financeiros. Se cobramos isso dos políticos, manteremos a coerência por seguir a mesma linha dentro da Federação. Justamente por isso, nossa chapa está atenta e não tolera nenhuma prática ilícita desde agora”, afirmou Palma.
O candidato reiterou que o empresário precisa sentir confiança na instituição que o representa, bem como nos seus dirigentes, para que ele próprio seja valorizado e respeitado pela sociedade e pelos governantes.
Eleições
A eleição para a presidência da Fecomércio-GO acontece no dia 11 de maio, na sede da entidade. A chapa vencedora será aquela com maior número de votos absolutos. O colégio eleitoral é composto pelos 29 sindicatos que integram a Federação.
Quem é José Carlos Palma Ribeiro
José Carlos Palma Ribeiro é empresário do segmento de relojoaria, gravações e artigos para presentes. Natural de Cuiabá (MT), veio para Goiânia ainda criança. Atualmente é vice-presidente da Fecomércio-GO; vice-presidente do Sindilojas-GO, membro titular do 2º Grupo Sindical do Comércio Varejista do Serviço Nacional do Comércio (SENAC).
Já foi tesoureiro da Câmara de Dirigente Lojistas (CDL) de Goiânia; membro da diretoria da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg); presidente da Associação dos Lojistas do Flamboyant (Aslof , presidente do Conselho Estadual do Trabalho (CET) e presidente do Sindilojas-GO por dois mandatos, entre 2010 e 2018.
Principais propostas de José Carlos para a Fecomércio-GO
Segundo José Carlos, o plano de ação da chapa “Representatividade e Inovação” está baseado em três pilares: integração, inovação e crescimento.
Abaixo um resumo dos objetivos traçados.
Criação do SESP: o Serviço Social Patronal será uma entidade associativa de caráter cooperativo. O objetivo é o desenvolvimento econômico, além da prestação de serviços e atividades de lazer;
Criação do Instituto Merc: organização de caráter técnico-cultural e educacional, voltado para pesquisa e desenvolvimento econômico e social para integrar sindicatos, empresas, escolas e universidades;
Comunicação: criação de um sistema que permita a difusão de informações do setor produtivo, centralizando a divulgação de notícias do sistema sindical. O objetivo é transmitir com clareza a importância e o peso do setor produtivo na sociedade;
Empreendedorismo: estruturação de um projeto que vise incentivar, subsidiar e orientar a abertura de novos negócios em Goiás, contribuindo para a massificação da cultura do empreendedorismo. A ideia é também assessorar o empresário já constituído;
Estrutura organizacional: adequação do sistema buscando eficiência na gestão, incluindo Sesc e Senac;
Intervisitação: implantação do benchmarking a fim de promover amplo relacionamento entre sindicatos e empresas;
Fóruns: promoção de fóruns e encontros de âmbito local e regional, com foco na integração permanente dos dirigentes sindicais, empresários e Fecomércio-GO;
Distanciamento empresarial: combate ao fenômeno do descaso do empresário para com o sindicato por meio da adoção de ações eficazes de informação, orientação e validação de seus propósitos;
Multirepresentatividade: potencializar a representatividade criando parcerias sindicais para alcançar um resultado mais efetivo em todas as regiões do Estado de Goiás.
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