Após a morte do menino Diogo Soares, de 5 anos, no corredor da sala de espera do Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, a médica pediatra Irene Ribeiro Machado fez um desabafo.
Irene, que trabalha no hospital a 22 anos, relatou por meio de uma rede social o caos que se encontra o HMI.
“O corredor estava cheio de crianças internadas em cadeiras! Síndrome de Fournier, abdômen agudo, pneumonia com derrame pleural, recém-nascidos com insuficiência respiratória aguda. E colocar onde? Se até as cadeiras estão todas ocupadas? Não tive coragem de ir embora ao final de 12 horas de plantão e deixá-las sozinhas. Fiquei!”
A médica contou ainda que havia nas cadeiras, pacientes de UTI, de enfermaria de alta complexidade, pós-operatório, além de consultas que não paravam de chegar.
“Tem criança que fica 3, 4, 5 dias internada em cadeira”, afirmou a doutora em entrevista à TV Anhanguera.
Irene disse ainda que sente uma sensação de abandono.
“Me senti abandonada no meio do caos. Tentando atender, tentando auxiliar e não ter suporte. A sensação é que cada dia piora, aumentam as dificuldades, as limitações nossas. E a gente não vê solução”, desabafou a médica sobre a situação do HMI”.
Direção do HMI
Sobre as denúncias da médica Irene Ribeiro, a direção do HMI disse que mesmo lotado, o hospital não vai recusar pacientes.
Já a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) declarou que trabalha para solucionar o problema e que pretende construir um novo hospital, nos mesmos moldes do HMI, com estrutura 3 vezes maior.
A pasta não informou quando as obras irão iniciar.
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