Um homem de 42 anos foi preso em flagrante na noite da última terça-feira, 29, suspeito de estuprar a própria cunhada de 10 anos em Aparecida de Goiânia.
Segundo a delegada Edilaine Moreira, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida, foi a irmã da vítima quem suspeitou do crime.
À irmã, a vítima relatou durante a tarde que estava com febre e sentia dores na região da vagina, principalmente no momento de urinar.
Foi então que a mulher, de 21 anos, decidiu levar a menina à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Parque Flamboyant.
No local, um médico examinou a criança e constatou lesão no seu órgão genital.
Suspeitando da prática de estupro, ele acionou a Guarda Municipal.
O suspeito, que é pedreiro, foi preso em flagrante pela prática de estupro de vulnerável.
Segundo a assessoria de imprensa da UPA afirmou que a vítima “recebeu pronto atendimento e a assistência necessária” e foi transferida para o Hospital Materno Infantil, em Goiânia.
No HMI, a paciente foi medicada com um coquetel de antibióticos, vacinas e anti-retrovirais e recebeu alta nas primeiras horas da madrugada de quarta, 30.
Segundo a assessoria do hospital, ela foi orientada sobre o “acompanhamento multidisciplinar que receberá do Ambulatório de Apoio à Vítima de Violência Sexual (AAVVS) do HMI, seguindo protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS)”.
O caso
Segundo apontam as investigações da PC, o suspeito morava na casa da mãe da companheira havia aproximadamente 1 mês.
Porém, eles já estavam juntos havia mais de 6 meses.
À irmã e ao médico, a vítima relatou que o suspeito a levou a um quarto para assistir a um vídeo pornográfico.
Na sequência, ela disse que o homem a forçou a tirar a roupa.
Ele ainda tentou manter conjunção carnal com a criança, que sentiu dor e começou a gritar.
Não satisfeito, o homem ainda teria colocado o pênis na boca da cunhada.
Investigação
De acordo com a delegada Edilaine Moreira, a criança não foi ouvida pela DPCA.
Isso porque se trata de um caso que demanda técnicas diferenciadas para oitivas de menores vítimas de violência e abuso sexual.
Dessa maneira, a menina passará por avaliação psicológica e entrevista especializada.
“Até o momento, só temos as informações que a vítima relatou à irmã e ao médico”, disse a delegada em entrevista exclusiva ao Folha Z.
A titular da DPCA ainda solicitou que o bairro onde ocorreu o caso não fosse mencionado na matéria, para que não houvesse identificação da família e, consequentemente, da vítima.
A investigação ainda definirá se o crime foi cometido apenas em uma ocasião.
Caso seja enquadrado no artigo 217-A do Código Penal, o homem receberá pena de 8 a 15 anos de reclusão.
O estupro de vulnerável é definido como “ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos”.
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