O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia contra 2 jovens de 20 anos por homicídio triplamente qualificado e furto qualificado praticado contra José Ricardo Fernandes, em Aparecida.
Conforme narra o promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior, na tarde do dia 10 de julho, no Conjunto Estrela do Sul, os denunciados espancaram José Ricardo Fernandes e, com ele ainda vivo, atearam fogo em seu corpo, causando-lhe ferimentos que levaram à sua morte.
Na mesma ocasião, levaram da casa da vítima uma televisão, um celular e sua carteira.
Segundo apuração do MP, a vítima tinha insuficiência renal e se submetia à hemodiálise.
A jovem, então, dispôs-se a arrecadar dinheiro para seu tratamento, com uma “vaquinha” virtual, por meio da qual conseguiu cerca de R$ 30 mil.
Essa ajuda levou-a a frequentar com constância à casa do homem.
Planejamento do crime
Com a intenção de ficar com o valor que havia sido arrecadado, porém, a mulher começou a planejar a sua morte.
Assim, de acordo com a denúncia, no dia 9 de julho, publicou em rede social, por meio de um perfil falso, um anúncio em que dizia procurar uma pessoa que fizesse serviço pesado para “acabar com um vei tarado”.
Nesse ambiente, encontrou o outro denunciado e ajustou com ele a prática do crime, com a promessa de recompensa de R$ 2 mil.
No dia do crime, a suposta mandante foi até a residência da vítima, que permitiu sua entrada.
Na sequência, ela abriu o portão para o “pistoleiro”, que aguardava do lado de fora, passando-se por um doador de cesta básica.
Dentro do imóvel, os denunciados, então, espancaram a vítima, jogaram álcool nela e, com ela ainda vida, atearam fogo em seu corpo, sem lhe dar chance de defesa.
José Ricardo chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Velou a mãe sozinho
Em agosto de 2019, a história de José ganhou notoriedade em todo o Estado depois que ele postou uma foto em uma rede social que mostrava o velório da mãe.
Na legenda, ele lamentou: “Eu velei e enterrei minha mãe sozinho”.
O post recebeu muitos comentários e solidariedade dos internautas.
*Redação com informações da Assessoria de Comunicação Social do MP-GO.
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