O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a absolvição de Izadora Alves de Faria, mãe que confessou ter matado as duas filhas com facadas e afogamento em Edéia, no sul de Goiás.
Izadora realizou um exame de insanidade mental pela Justiça, que concluiu que ela tem transtorno psicótico e, por isso, não era capaz de compreender que seus atos eram errados durante o crime.
O pedido levou este resultado em consideração.
“A promotora responsável pela manifestação esclarece que o pedido está de acordo com as normas técnicas e jurídicas, respeitando os devidos processos penal e constitucional”, afirmou o MP-GO.
Além da absolvição, também foi solicitado que Izadora seja incluída no Programa de Atenção ao Louco Infrator (PAILI).
O PAILI acompanha pacientes julgados e absolvidos pela Justiça Criminal, mas os submete a internação psiquiátrica ou tratamento ambulatorial, como medida de segurança.
O crime
O caso aconteceu em setembro de 2022.
Segundo o delegado Daniel Gustavo, Izadora fugiu de casa após matar as filhas, Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 10.
A polícia foi acionada após o pai chegar ao local e encontrar as crianças mortas.
À Polícia Civil, o pai disse que encontrou as meninas mortas em um colchão, na garagem de casa, no Setor Samambaia.
O crime chocou moradores de Edéia e, inclusive, os policiais que trabalharam no caso.
Izadora foi encontrada horas após o crime com a ajuda de cães farejadores em um matagal próximo à casa.
Ela foi internada por demonstrar sinais de tentativa de suícidio.
Confissão de Izadora
Para a polícia, ela confessou que matou as duas filhas.
Segundo o delegado, Izadora relatou que envenenou, afogou e esfaqueou as crianças.
“No local do crime havia elementos que levavam a crer que ela agiu dessa forma. Havia um frasco de veneno para rato aberto e outro fechado, uma caixa d’água cheia com uma extensão [elétrica] ligada dentro, como se pretendesse eletrocutar”, descreveu o delegado.
Izadora deu detalhes de como cometeu o crime e, de acordo com Daniel, ela não chorou ou demonstrou arrependimento.
“Na cabeça dela, ela tinha feito um bem para as crianças. Ela acha que livrou as meninas de viver uma vida que ela viveu”, conta o delegado.
O pai das meninas contou que na noite anterior ao crime, ele e Izadora teriam brigado e ela ameaçou matar as filhas e tirar a própria vida.
Para os militares, o pai das meninas contou que na noite anterior ao crime, ele e Izadora teriam brigado e ela ameaçou tirar a própria vida e matar as filhas.
De acordo com o delegado, o homem revelou que o relacionamento dos dois estava conturbado e ela precisava fazer tratamento psiquiátrico, pois não estava bem.
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