Moradores do Setor Fim Social clamam por uma solução para um problema que dura décadas: há mais de trinta anos, uma moradora acumula lixo dentro do seu lote na Rua VF-18.
Segundo o líder comunitário Gesner Alcino da Silva, a mulher não mora na residência e apenas faz visitas mensais ao local. O acúmulo de lixo causa problemas variados para a vizinhança: dengue, muriçoca, baratas, ratos e, na época das chuvas, cheiro forte de putrificação.
O líder comunitário contou ao Folha Z que já tentou procurar a proprietária para resolver a situação. Porém, ela demonstra ter problemas mentais e não aceita que entrem na sua casa.
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Há um ano tentando contornar o problema, Gesner relatou que a Comurg já foi chamada ao local. Porém, a Companhia não pode realizar seu serviço dentro de uma residência e acabou fazendo a limpeza apenas da área interna.
Agora, os moradores aguardam uma liminar que autorize a entrada da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na propriedade e a remoção de todo o material acumulado pela Comurg.
Acumuladora
O comportamento desta mulher é classificado como um Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). A acumulação compulsiva ou acumulação patológica ou disposofobia consiste na aquisição ou recolha ilimitada de bens ou objetos que, por vezes, já foram jogados fora por terceiros.
As pessoas que sofrem desta perturbação, maioritariamente idosos, acumulam tudo o que podem para mais tarde conseguirem dar uma resposta eficaz a uma eventual emergência. Além disso, são incapazes de se desfazer dos objetos ou bens mesmo quando eles são inúteis, perigosos ou insalubres.
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