A Polícia Federal (PF) pediu a prisão e o afastamento do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), por suspeita de vazar informações confidenciais de investigações conduzidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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O pedido foi encaminhado ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, relator do inquérito que apura a venda de sentenças judiciais no país.
Apesar da gravidade das suspeitas, o ministro autorizou apenas mandados de busca e apreensão.

Fonte no STJ
A PF identificou, a partir de diálogos interceptados com autorização judicial, indícios de que o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, teria afirmado possuir uma fonte dentro do STJ.
Segundo os investigadores, essa pessoa seria supostamente remunerada para repassar informações sigilosas sobre operações em andamento.

As conversas integram o inquérito que apura o vazamento de dados e possível obstrução de justiça, conforme documentação obtida pela PF.
Entre os nomes citados como alvos das operações mencionadas nos áudios estariam o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), magistrados do estado e o advogado Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador, atualmente preso.
Em uma das transcrições anexadas ao inquérito, o prefeito teria dito:
“Aqui vão dançar 2 juízes e pelo menos 3 advogados”.
Em outra, teria alertado um interlocutor:
“Você está sendo investigado dentro daquele esquema, e isso já saiu oficialmente”.
Ainda de acordo com o relatório da PF, esses vazamentos teriam prejudicado o andamento das investigações e contribuído para a obstrução das apurações conduzidas sob sigilo.
Prefeito nega acusações
Durante coletiva de imprensa nesta 6ª feira (30), Eduardo Siqueira afirmou não ter qualquer fonte dentro do STJ e negou ter tido acesso a informações privilegiadas.
“Indiquei um advogado, que teve acesso aos autos. Não recebi nenhuma informação sigilosa. Eu só sei o que dizem por aí”, declarou o prefeito, ao comentar os desdobramentos da investigação.
Inquérito faz parte de investigação nacional
Esse caso está inserido em inquérito mais amplo, sob relatoria do ministro Cristiano Zanin no STF, que investiga a suposta venda de sentenças judiciais no país.
Na mesma investigação, a PF também prendeu, nesta semana, um grupo acusado de integrar uma rede de espionagem e extermínio.
A corporação afirma que o grupo era formado por militares da ativa e da reserva, e que teria cobrado até R$ 250 mil para monitorar autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal.
Um advogado vinculado ao caso foi assassinado, segundo as apurações.
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