Um policial militar matou 8 pessoas, sendo 6 da própria família, no Paraná, na noite dessa 5ª feira (15).
A chacina ocorreu nas cidades de Toledo e Céu Azul.
De acordo com informações da polícia local, 2 filhos do agente, uma enteada, a esposa, a mãe dele, um irmão e outras 2 pessoas que estavam na rua foram as vítimas fatais:
- Kassiele, esposa, de 28 anos;
- Miguel, filho, de 4 anos;
- Kamili, filha, de 9 anos;
- Amanda, enteada, de 12 anos;
- Irene, mãe, de 78 anos;
- Claudiomiro, irmão, de 50 anos;
- Kaio, desconhecido do PM, 17 anos;
- Luiz, desconhecido do PM, 19 anos.
Chacina cometida por PM no Paraná
Uma investigação preliminar aponta que o policial matou primeiro a esposa e a enteada de 12 anos.
Depois, foi até a casa da própria mãe, onde a matou com facadas, e o irmão, baleado.
Em seguida, ainda se dirigiu para Céu Azul, onde matou os 2 filhos que moravam com a avó materna, a tiros.
Logo na sequência, ele retornou a Toledo, onde matou outros 2 jovens aleatórios que estavam passando pela região.
Por fim, o policial tirou a própria vida.
Entre os assassinatos, o PM enviou mensagens para os familiares.
Nos áudios, ele deu a entender que a motivação dos crimes seria o fim do relacionamento com a esposa.
“Família, me desculpa, mas não conseguiria viver mais sem a Kassiely. Ela não estava mais se importando pelo jeito que iria lidar com ela, se eu iria dar atenção ou não. Deu a entender que não daria mais atenção pra mim”, disse.
Ouça:
Quem era o policial Fabiano Júnior Garcia
Fabiano Júnior Garcia tinha 37 anos e atuava na PM havia 12 anos.
Ele estava lotado no 19º Batalhão de Toledo, onde trabalhou normalmente na 5ª feira, tendo deixado o plantão por volta das 19h.
Segundo conhecidos, Fabiano estava em processo de separação e tinha dívidas.
No entanto, colegas do militar afirmaram que ele era “um excelente profissional” e que o ocorrido causou estranheza.
Por meio de nota, a Polícia Militar lamentou o caso e disse que o policial não tinha registros de problemas psicológicos.
Confira a nota da PM:
“A Polícia Militar está consternada e lamenta profundamente o ocorrido nas cidades de Toledo-PR e Céu Azul-PR.
O policial militar que prestava serviços no 19º Batalhão em Toledo não tinha histórico de problemas psicológicos e atuava como motorista do Coordenador do Policiamento da Unidade.
Desde dezembro de 2020 a região conta com o apoio do programa PRUMOS, que disponibiliza atendimento psicológico aos militares, com profissionais contratados para atuar nas Organizações Policiais Militares.”
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