Rosana Auri da Silva foi condenada a 65 anos de reclusão pela morte do próprio filho, Rhuan Maycon da Silva Castro.
A sentença foi proferida após júri popular realizado em Samambaia (DF) na noite dessa 4ª feira (25).
O menino tinha 9 anos de idade quando foi cruelmente assassinado em maio de 2019 pela mãe e pela madrasta, Kacyla Priscyla Santiago, que também foi condenada a 64 anos de reclusão.
Ambas cumprirão a pena em regime inicialmente fechado.
‘Cheiro bom’
De acordo com reportagem divulgada pelo site Metrópoles nesta 5ª feira (26), a sentença do juiz Fabrício Castagna Lunardi destacou que o crime hediondo foi “friamente premeditado”.
Após o processo transcorrer em segredo de justiça e o julgamento ocorrer a portas fechadas, os jurados consideraram a dupla culpada pelo homicídio doloso e o magistrado registrou a perplexidade gerada pelo caso.
“O nível de perversidade da ré Rosana é tamanho que, ainda no local do homicídio, ao ser perguntada pelo delegado ‘Vocês comeram a carne da criança?’, respondeu a ele: ‘Não, mas o cheiro estava bom’.”
Conforme narra a sentença, a dupla esfaqueou, degolou, esquartejou e perfurou os olhos do pequeno Rhuan.
Depois, ainda tentaram incinerar a pele arrancada da face da criança na churrasqueira de casa, com o objetivo de dificultar a identificação do cadáver.
Segundo laudo constante no processo, Kacyla acendia o fogo enquanto Rosana degolava o filho ainda vivo, depois de esfaqueá-lo outras 11 vezes.
Emasculação
Após fugir com o filho do Acre, Rosana passou a viver em fuga do ex-marido.
Nunca mais levou Rhuan à escola ou permitiu que ele convivesse com parentes.
Uma das maiores crueldades cometidas por ela contra a criança, 1 ano antes do assassinato, foi a extirpação do seu pênis por meio de uma falectomia caseira.
Segundo a sentença, a dupla pesquisou na internet “como extrair pênis e testículos” e realizou o procedimento porque, segundo elas, Rhuan “queria ser menina”.
“A vítima sofria de dores lancinantes e desconforto prolongado ao urinar, desde o dia da lesão até a sua morte. Para urinar, a bexiga da vítima precisava encher muito, sendo que ela urinava por gotejamento, sentindo uma dor inimaginável, por um pequeno orifício”, pontuou o juiz no sentenciamento.
Pai
O enterro do menino foi feito em 5 de junho de 2019, na cidade natal da família, Rio Branco (AC).
Informado sobre a condenação da ex-mulher e de Kacyla, o pai de Rhuan, Maycon Douglas Lima de Castro, afirmou ao Metrópoles: “Ainda é pouco”.
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