O apagão que acomete o Amapá há 3 semanas pode ocorrer também em outro Estado da Amazônia: trata-se de Roraima.
Sem as obras de um linhão de transmissão de energia, o local é dependente de usinas termelétricas.
Assim, Roraima não pode ficar integrado à cadeia energética nacional, o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Com a falta desse linhão, o Estado fica isolado e dependente do próprio sistema de energia, no caso, as usinas termelétricas.
Crise energética em Roraima
Atualmente, 5 usinas termelétricas são responsáveis por alimentar a população de 630 mil pessoas.
Essa forma de geração de energia, além de mais cara, também é mais poluente, porque possuem equipamentos à base de óleo diesel.
O estado é o único brasileiro que não é integrado ao SIN e não é contemplado pelo linhão Tucuruí, que ligam Amazonas e Amapá à Usina de Tucuruí.
Outro problema é o linhão entre Boa Vista, capital de Roraima, e Manaus, capital do Amazonas, nunca saiu do papel.
Além disso, a crise tem se agravado porque desde o ano passado a Venezuela não fornece mais energia ao estado pelo linhão de Guri, que alimentava 70% da energia.
Empresa nega crise
A Roraima Energia, que é a responsável por fornecer energia ao estado, disse que não há risco de apagão.
De acordo com a empresa, a potência de geração é de 245MW, mas o consumo máximo registrado foi de 210MW.
Portanto, concluiu que as termelétricas não estão no limite da capacidade máxima.
Ainda segundo a Roraima Energia, houve uma redução dos apagões: em 2018 foram registrados 83, 2019, o número foi de 37 e neste ano 7 foram contabilizados.
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