Seleção de boleiros no tapete vermelho
A onda do momento é cobrar a presença do técnico Tite, do Corinthians, em substituição ao limitado Dunga no comando da seleção brasileira. Caso venha a acontecer, seria uma troca de pouco resultado prático. Milionários e sem um pingo de identidade com a camisa amarela, os jogadores continuariam desfilando pelos gramados sulamericanos como se estivessem no tapete vermelho da cerimônia do Oscar.
Mal necessário
Neymar e companhia treinam e jogam por obrigação, preocupados apenas com os clubes que pagam seus salários astronômicos. Tite é um profissional capaz, articulado e aglutinador, entretanto não adquiriu o dom de fazer milagres. A seleção hoje é um apanhado de boleiros sem o menor interesse pelo histórico de títulos mundiais e participação em todas as Copas. Nesse aspecto a possível perda da vaga para o torneio na Rússia/2018 representaria a guinada que o futebol brasileiro tanto necessita. A ficha cairia de vez.
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Geração pragmática
O comentarista Casagrande, da Rede Globo, tem razão quando afirma que vestir a camisa da seleção deveria proporcionar honra e orgulho em quem é convocado. Na cabeça dos jogadores, porém, esse pensamento é visto como conversa mole de palestrante. Ninguém arrepia, ninguém se emociona com o manto que um dia foi de Pelé, Garrincha, Zico, Romário e Ronaldo, pra ficar apenas em cinco exemplos. Os medalhões da atualidade só têm olhos para o pé de meia, investimento a curto prazo.
OS de porteira aberta
Uma “eternidade” após ter implantado a gestão das Organizações Sociais em unidades de saúde, o governador Marconi Perillo anunciou medidas para endurecer as regras do modelo. Decidiu, em linhas gerais, fechar a porteira depois que boa parte do rebanho já havia sumido. O inquilino do Palácio das Esmeraldas estabeleceu limites salariais aos diretores e regras para evitar nepotismo nas OSs. Ao mesmo tempo em que deu ênfase a regras moralizadoras, Marconi nada falou sobre os frequentes atrasos nos repasses da Secretaria de Saúde para as Organizações Sociais.
Delírio sem fim
Como num passe de mágica, a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) passou a propagar a recuperação de 3 mil km de rodovias e criação de 1,8 mil novas vagas em presídios até o final de 2018. O otimismo ainda não contaminou quem aguarda – sentado – a conclusão das seguintes obras: Credeq de Aparecida de Goiânia, Centro de Excelência do Esporte e viaduto da GO-080.
Dama de honra
A polêmica sobre a aposentadoria de R$ 15 mil da primeira-dama Valéria Perillo volta com força total ao noticiário. Ministério Público reivindicou ao Tribunal de Justiça a anulação do benefício e devolução de R$ 378 mil ao erário. Valéria permanecerá refém, não se sabe até quando, do impasse entre legalidade e moralidade.
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