Varredura na Assembleia
Como resultado do novo escândalo envolvendo servidores fantasmas, a Assembleia Legislativa ganhou ares de presídio. Ninguém passa pelos seguranças sem estar com crachá funcional ou mesmo com adesivo de visitante. No segundo caso é obrigatório o preenchimento de um relatório com todos os dados pessoais e a especificação do motivo da visita ao parlamento goiano. A formação de longas filas acaba sendo inevitável, geralmente com 20 a 30 pessoas em média.
Dúvida cruel
Entre deputados, funcionários efetivos e comissionados a pergunta é uma só: até quando vão durar as medidas “enérgicas e moralizadoras” na Assembleia Legislativa? Há uma compreensão geral de que não restava outra alternativa para o presidente Hélio de Sousa diante da ampla repercussão negativa após reportagem exibida pelo Grupo Jaime Câmara.
Quórum dividido
Um grupo de parlamentares aposta no relaxamento da fiscalização até o término do mês de outubro. Outro grupo, menos otimista, acredita que a “satisfação à opinião pública” precisa durar até o encerramento dos trabalhos legislativos de 2015.
Dor de cotovelo
A invasão tucana no Paço Municipal mexeu com o humor dos assessores diretos do prefeito Paulo Garcia. Incomodados com a presença de Marconi Perillo, do prefeito interino Anselmo Pereira, do presidente interino da Câmara Municipal Tayrone di Martino e demais vereadores da bancada de oposição, os servidores manifestaram ciúmes pelos móveis do gabinete e também pela foto oficial do governador na parede. A relação PT-PSDB, como se vê, ainda não amadureceu o suficiente.
Perdidos e fragilizados
Mesmo os comentaristas mais experientes estão se esquivando de aprofundar a análise sobre o cenário político em Brasília. Todos estão perplexos com a instabilidade de personagens que deveriam ditar o ritmo das articulações entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. “Dilma, Temer, Renan, Cunha e até o ex-presidente Lula representam hoje a figura do general sem exército. Embora muito fragilizados, tentam vender a tese de que estão no comando. A sorte para eles é que o PSDB faz uma oposição meia boca”, sintetiza um jornalista que acompanha os bastidores do poder no capital federal há três décadas.
Caiu na área
O piauiense Wilton Pereira Sampaio, juiz ligado à Federação Goiana de Futebol, não leva sorte quando o assunto é arbitragem de jogos da Copa do Brasil. A sua atuação ontem no jogo Palmeiras 3 x 2 Internacional foi bastante contestada por dirigentes, técnicos e jogadores das duas equipes. Com os exageros pertinentes ao futebol.
Fase negra
No ano passado, Wilton Sampaio ganhou punição de 90 dias e multa de R$ 1,6 mil por não ter citado na súmula as palavras de racismo proferidas pela torcida do Grêmio contra o goleiro Aranha, do Santos, nas oitavas de final da Copa do Brasil. Apesar do excelente condicionamento físico e boa técnica, Wilton está naquela fase de quebrar o nariz de cair de costa.
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