Tudo aconteceu muito rápido. Em pouco mais de quatro anos a mocinha que cantava muito em Goiás se transformou na rainha da sofrência sertaneja de um país.
Marília Dias Mendonça trocou de posição com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende. Ela assumiu a condição de filha ilustre mais conhecida do pequeno município de Cristianópolis, distante 90 km de Goiânia.
A parte complicada em roteiro explosivo de sucesso é que a ascensão meteórica costuma atrair provação de igual magnitude.
O talento e o carisma de Marília Mendonça enfrentaram na noite desta segunda-feira, 7, em Belo Horizonte, o maior obstáculo em toda a sua carreira: o tumulto provocado pela superlotação de um show gratuito no centro da capital mineira.
Arrastões
Por muito pouco o evento não ficou marcado pela tragédia. A Polícia Militar registrou 46 ocorrências e 14 presos por arrastões, brigas e tráfico de drogas.
Dados extraoficiais apontaram que o público presente oscilou entre 80 mil a 100 mil pessoas. A expectativa por parte da assessoria da cantora era de 15 mil a 20 mil.
Como chegaram a esses números? O projeto “Todos os Cantos” de Marília Mendonça é um dos mais badalados do momento, percorrendo inúmeras capitais brasileiras.
Está na boca do povão justamente pelo aspecto inusitado: gratuidade, local de fácil acesso e divulgação somente no dia do show.
Nota
A cantora se expressou por meio de nota oficial “lamentando profundamente” os incidentes ocorridos. Também destacou que seu objetivo “sempre foi retribuir o carinho dos fãs com shows acessíveis para os menos favorecidos”.
Felizmente não ocorreu lesão grave ou morte ao término do show.
Certamente, seria uma marca negativa em sua carreira irretocável.
Os organizadores do espetáculo subestimaram o momento iluminado da filha de Cristianópolis.
Gustavo não pode abrir mão do bom e velho tapa na mesa
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