A dança da guilhotina
Você não pode exigir do ser humano aquilo que ele não tem para oferecer. A presidente Dilma Rousseff, como já escrevi reiteradas vezes neste espaço, caminha para a guilhotina pública por três fatores básicos: incapacidade administrativa, aversão ao jogo político e arrogância. O somatório desses ingredientes resultou na alta dose de pedaladas fiscais, seguidas derrotas para o Congresso Nacional e esmagadora incompatibilidade com a classe política, incluindo neste cenário o ex-presidente Lula, seu criador, e o Partido dos Trabalhadores.
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Projeto Fernando Collor
A lista de desafetos da presidente é imensa. Já ouvi e presenciei em Brasília inúmeras manifestações de auxiliares e parlamentares reclamando da truculência da autoridade máxima do país. Dilma plantou, Dilma colheu. Imaginava ter colecionado seguidores após duas vitórias nas urnas, hoje está rodeada de auxiliares remunerados que lhe fulminam pelas costas. Um triste fim para a mulher que chegou ao Palácio do Planalto amparada no perfil do preparo e da consistência. Seu único projeto para o futuro será repetir o ex-presidente Fernando Collor e tentar ressurgir das cinzas.
Dupla do barulho
Os peemedebistas Michel Temer e Eduardo Cunha terão muito pouco tempo para comemorar a derrocada de Dilma. Serão obrigados a utilizar toda a experiência adquirida nas últimas décadas em Brasília para escaparem ilesos do “olho do furacão”. Temer e Cunha estão umbilicalmente atrelados, tendo como alicerce o pragmatismo do PMDB e a desconfiança de PSDB e DEM. Aliás, o presidente da Câmara dos Deputados segue aprontando, isso pra quem já era dado como morto na vida pública.
Detran de maldades
O esforço tem sido grande, é necessário reconhecer, mas a dupla Marconi Perillo-José Eliton e os assessores palacianos não conseguem virar a página negativa do Governo de Goiás. A última pancada no bolso do contribuinte veio novamente do Detran, que promoveu dois reajustes (16% agora e 9% em setembro) na taxa de vistoria veicular. Se já não bastasse a fama de péssimo prestador de serviços, o órgão vê sua rejeição ampliada pelos sucessivos aumentos nas taxas e a cobrança de um dos IPVA’s mais caros do país.
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Perdido na escuridão
Cerca de 20 mil lâmpadas queimadas em Goiânia e uma perspectiva de solução para o problema só acontece depois que dois vereadores e dois secretários municipais resolvem, finalmente, dar uma satisfação ao Ministério Público. Os quatro assumiram uma tarefa que era do prefeito Paulo Garcia, ameaçado de impeachment por não cumprir Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo promotor Fernando Krebs. Como comemorar novas obras se a Prefeitura não dá conta de iluminar a cidade?
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