A orgia do Jucá
O ministro do Planejamento Romero Jucá é mais um exemplo de político graduado que morre pela boca. Rotina em Brasília. Sua larga experiência não impediu que cometesse o mais amador dos erros: misturar sinceridade com inconfidência em diálogo com inimigo oculto. “Não devo nada a ninguém. O que está neste texto não me compromete”, declarou ao comentar a conversa com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo”. Tudo em vão. Era uma vez Romero Jucá no Governo Michel Temer.
Na ponta da língua
O ainda ministro cavou a própria sepultura no momento em que insinua proximidade indecorosa com militares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) mirando o impeachment de Dilma Rousseff. Comentários rotineiros no dia-a-dia da política, mas que jamais podem vir à tona. Como a seguinte frase: “Só o Renan (Calheiros) que está contra essa porra (impeachment). Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra”. Jucá tanto falou em porra que agora viu sua vida se transformar numa autêntica orgia de desmentidos e justificativas.
Óleo na fogueira
A cúpula do PMDB em Brasília ainda vai sofrer muito com as gravações de Sérgio Machado. O estrago está apenas começando, que o digam o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o chefe-maior José Sarney. Michel Temer terá pela frente uma turbulência sem precedentes no seu partido.
Despretensiosamente?
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